quinta-feira, 29 de abril de 2010

O Amor...

Às vezes nos pegamos reclamando que somos desorganizados, que não temos tempo pra nada, falando de nossos problemas... Eu sou uma pessoa que tem tremenda dificuldade em dividir meus problemas. Por mais que esteja na merda estou sempre acessível, mas fechado pra alguns assuntos, quieto, cara fechada e de pouquíssimas palavras. Ás vezes a vida pesa sob nossos ombros e somos atingidos por um sentimento ruim, isso é comum no nosso dia-dia. mas achei uma saída pra tudo isso... O Amor
Acho que amar não é apenas ver as qualidades, isso é estar apaixonado... e a paixão é um vulcão em erupção que certamente um dia irá adormecer, restando apenas incertezas. E quando a paixão é cultivada, tratada, reverenciada, ela se transforma em amor. O amor, por princípio, baseia-se em sentimento intenso que não esmorece mesmo diante de defeitos do “objeto” do sentimento. É gostar loucamente de alguém mesmo apesar de seus defeitos.
Entende-se que o amor de um pai ou mãe por um filho é eterno e incondicional. Deveria ser. Nem sempre é. Algumas relações se deturpam diante de desvios impossíveis de serem aceitos… mas isso nunca pode acontecer com uma criança.
Quando me deparo com situações de pais que repreendem seus filhos na frente de outras pessoas, por ele ter feito algo não muito satisfatório aos seus olhos, e ouço alguém dizer “por isso que não quero ter filhos” eu sinto pena. Pena daquela pessoa que acha que a relação entre pai e filho é diferente de qualquer outra relação: repleta de altos e baixos. A diferença é que ela tem um laço tão forte que é quase inquebrável. A diferença é que antes de ser pai você nunca vai entender o que é vê-lo no primeiro ultrassom, ouvir seu coração batendo em ritmo acelerado, ouvir seu choro quando sai da barriga da mãe, o valor do sorriso, de um olhar de agradecimento ou de carinho vindo dele. Você nunca vai entender o quanto esses atos podem mudar seu dia.
Ouvi algumas historias sobre crianças, dentre elas, de um homem que estava deprimido e ao chegar em casa se sentindo mal, um tanto que desgostoso de si mesmo, se deitou no sofá, cansado, triste. Deixou sua bolsa de lado, suspirou e colocou a mão na cabeça. Estava tão absorto em seus pensamentos que nem percebeu alguém se aproximando. De repente recebeu um beijo sua minha cabeça e ouviu uma voz que dizia “Fica assim não, pai. Eu te amo”. Com a mesma velocidade que veio ele se foi, jogando um io-io, esbarrando de forma desastrada nos móveis por dentro de casa. Com toda certeza aquele filho não tinha noção do que aquelas palavras significariam praquele pai. Duvido muito que ele tenha pesado o ato dele antes de chegar ali e o consolar. Ele apenas o sentiu e fez algo que nós, adultos, muitas vezes temos dificuldade em fazer. Aquele menino salvou o dia do seu velho pai.
Ouvi dizer que um garoto de 4 anos tinha um vizinho idoso ao lado, cuja esposa havia falecido recentemente. Ao vê-lo chorar, o menino foi para o quintal dele, e simplesmente sentou-se ao seu lado. A mãe do garoto ao ver aquilo, o chamou e indagou:
- O que você disse àquele Senhor?
E ele respondeu:
- Nada. Só o ajudei a chorar.

Alunos da primeira série estavam examinando uma foto de família. Uma das crianças da foto tinha os cabelos de cor bem diferente dos demais. Alguém logo sugeriu que essa criança tivesse sido adotada. Logo uma menina falou:
- Sei tudo sobre adoção, porque eu fui adotada.
Logo outro aluno perguntou-lhe:
- O que significa “ser adotado”?
- Significa – disse a menina – que você foi gerado no coração de sua mãe, e não na barriga!

O pequeno Daniel estava disputando um papel na peça da escola. Sua mãe me disse que tinha procurado preparar seu coração, mas ela temia que ele não fosse escolhido. No dia em que os papéis foram escolhidos, ao buscá-lo na escola, Daniel correu para a mãe com os olhos brilhando de orgulho e emoção:
- Adivinha o quê aconteceu mamãe!
- Diga meu filho, disse a mãe com lágrima nos olhos...
- O meu papel - Disse Daniel - Eu fui escolhido para bater palmas e espalhar a alegria!

Num frio dia de Julho, alguns anos atrás, um rapazinho de cerca de 10 anos, descalço, estava em pé em frente a uma loja de sapatos, olhando a vitrine e tremendo de frio. Uma senhora se aproximou do rapaz e disse:
- Você está com pensamento tão profundo, olhando essa vitrine?
- Eu estava pedindo a Deus para me dar um par de sapatos – respondeu o garoto…
A senhora tomou-o pela mão, entrou na loja e pediu ao atendente para dar-lhe meia dúzia de pares de meias. Ela também perguntou se poderia conseguir-lhe uma bacia com água e uma toalha. O balconista rapidamente atendeu-a e ela levou o garoto para a parte detrás da loja e, tirando as luvas, se ajoelhou e lavou seus pés pequenos e secou-os com a toalha. Nesse meio tempo, o vendedor havia trazido as meias e um par de tênis. A senhora calçou os pés do garoto. Ela pegou os outros pares de meias e entregou-lhe. Deu um tapinha carinhoso em sua cabeça e disse:
- Sem dúvida, vai ser mais confortável agora.
Quando ela se virou para ir embora, o garoto segurou-lhe a mão, olhou seu rosto diretamente com lágrimas nos olhos e perguntou:
- Você é a esposa de Deus?

Lendo isto, começo a entender um pouco do que será minha vida daqui a uns meses. Quero demais poder ser para o meu filho tudo aquilo que um dia sonhei e disse que seria. Farei de tudo pra aguçar meu humor ao adentrar a porta de casa, e deixar tudo que faz parte do mundo externo bem longe do "nosso mundinho". Quero me sentar no chão e brincar como se tivese apenas 5 anos de idade. Ganhei de presente uma filha que foi gerada em meu coração (já que não tenho útero), que já me ajuda a ver a vida de uma outra maneira, e uma mulher que é fantástica em tudo que faz e que eu amo incondicionalmente... o que eu quero mais nessa vida? Escrever sobre coisas que vejo, ouço e leio, e dar rumo a alguns projetos que tenho, ou melhor, que temos, pois somos um... quatro pessoas que se tornam uma só. Rodrigo, Juliana, Giovanna e Igor/Malu. Uma família que será ainda mais feliz do que já é. Amo minha vida, amo as pessoas que me rodeiam, amo viver, amo demais minha mulher e filhos... como já disse no começo, o Amor é a única saída pros problemas do dia-dia.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Faça acontecer...

Quebre as regras, perdoe rapidamente, beije lentamente, ame verdadeiramente, rasgue a fantasia e aproveite a vida, ela passa rápido demais pra você só assistir a programação. Queira fazer parte do elenco e não ser um mero telespectador, porque quando você perceber a emissora da vida estará encerrando sua programação diária. Sorria a toa pra todos que passarem por você na rua, um sorriso sincero pode salvar um dia. Tenha um objetivo diário de fazer pelo menos uma pessoa sorrir, e sorria junto com ela calorosamente. Abrace e se deixe abraçar, é bom demais. Ande sem rumo, observando pessoas, analisando fachadas, pisando em cocô de cachorro, pegando uma corzinha durante o dia e olhando a lua á noite. Faça com que seu dia seja único, um após o outro, com diferenciais marcantes. Não desista, faça acontecer, torne sonhos em realidade, entre de cabeça nas disputas, troque o sapato por chinelos, o terno pela bermuda e camiseta, maquiagem pelo “rabo de cavalo” e acima de tudo, se valorize... porque nada disso vale, nada disso presta, nada disso serve, nada interessa, não há prazer em nada se não existir o amor próprio. Estufe o peito e encha-se de si, exalte o “eu posso”, “eu consigo”, “eu quero” e faça, faça mesmo... faça do básico a arte, o imoral se tornar desejável, o proibido virar moda... e depois de tudo isso grite ao som do transito, corra entre os carros (com muito cuidado), faça o que for preciso, mas mova-se. Não se culpe, não se chicoteie, não se julgue pelas palavras alheias, jamais se molde... seja o que sua personalidade determinar que você seja, sem influencias externas... abra o baú dos seus segredos e esconda historias e realizações, pois serão demasiadamente úteis no futuro, não se sinta pressionado por maior que seja a cobrança, atente-se ao que acontece ao seu redor, displicência é perigosa e prazerosa se bem dosada. Não se deixe cair na decadência alheia, o caminho mais fácil nem sempre é melhor que o da dor, portanto, se precisar sofrer e percorrer o caminho mais longo, arrie as calças e caminhe rumo aos seus desejos mais secretos e profundos, o resultado sem duvida será gratificante. Se dê uma chance de aprender com erros, mas que seja preferencialmente erros dos outros, que com certeza doerá bem menos... porém, existem aprendizados que terá que errar pra obter maior experiência e descobrir o quanto dói uma surra dada pela vida... não se arrependa do já fez nem do que fará, pra isso pense bem nas atitudes que irá tomar, isso é necessário pra não perder a chance de acertar mais uma vez.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Insegurança...

Este texto não era para ser postado hoje, eu tinha outro texto comemorativo prontinho esperando pra ser publicado nesta data tão especial, mas, ficará na gaveta por mais um mês. Por ironia ou pelo simples fato do destino nos pregar algumas peças, vamos ao que tem pra hoje.
Insegurança é algo tão mágico, tão espetacular que é preferível mantê-la a distancia. O chão do meu banheiro me disse agora á pouco que jamais viveria inseguro, e me fez pensar... porque eu que sou um ser humano vivo assim? Fatos acontecem diariamente que nos desafia a suportar situações, a abrir a guarda, a perder o medo, a conseguir fechar a porta na cara do vizinho chato, a dizer “não”, “chega”, “desisto”, ou até mesmo “aceito”, “quero”, ou um simples “FODA-SE”. A questão que aqui existe é algo inusitado, uma pergunta que já se sabe a resposta, um porque sem nexo, uma simples dúvida; qual o motivo da tal insegurança aparecer em momentos tão críticos das nossas vidas? A resposta é obvia... permitimos sua presença, sentamos em seu colo como uma criança amedrontada, nos mostrando fracos por não encarar a situação porque duvidamos da nossa própria capacidade. Inseguros são os que não se sentem capazes, que não correm atrás de respostas com receio de ouvir as verdades... insegurança é a dor que bate forte no peito quando se termina um relacionamento, quando se perde o emprego ou quando se ganha algo que se julgue além do que imaginou, e aí não usufrui de tal bem. Insegurança é se esconder atrás de nomes fictícios, de identidades “fakes” pra ser quem você não é.
A cabeça humana não suporta o novo, a mudança, o desconhecido, se torna demais pra um ser tão óbvio. Quero aprender a voar e encontrar a minha imaginação em suas viagens mais longas e realizar tudo aquilo que um dia foi pensamento. Promovera alegria eufórica e inusitada numa tarde de quinta-feira, deixar ser ouvida uma gargalhada de humor apurado e sarcástico, e conseguir buscar no mais alto sonho o preenchimento de um vazio inseguro... saber que aquilo que almejo virá impávido como Mohamed Ali, ah virá! Sentir a levada da realização mais segura que pode existir e achar que a velha e boa confiança pessoal foi devolvida a mim. Que o acorde triste em Lá menor seja substituído por um Ré maior e que a trilha sonora da vida fale de amor, esperança, bom humor, alegria... que a felicidade soe com a mesma agilidade de um pássaro a levantar vôo. Que a lua testemunhe cada brilho dos olhos que encontram um fio de esperança ao se ver no espelho... que a dor da alma seja trocada por um balsamo suave, ou por uma brisa da noite... que a febre se acalme e a temperatura volte ao seu estado normal... que o drama vire comédia.
Que dia é hoje? Vinte três de Abril, oito meses de mudanças, meses de aprendizado, de encarar a insegurança e pegá-la pelo colarinho, olhar pro que realmente me interessa; que meu futuro brilhe mais que meu sorriso, e que tudo aquilo que corre atrás de mim possa ter seu sossego logo logo, porque falta pouco pra minha vida se tornar completa. E a insegurança ainda insiste em rodear os portões da minha mente, acorrentar meus sonhos e desejos, mas a tal já foi avisada que é bem vinda, contanto que respeite três exigências.
1 – Só apareça quando for chamada
2 – Vão embora quando eu quiser
3 - Jamais mandará em mm, muito pelo contrário, eu terei sempre o comando da situação.
Não gostou? Problema seu! Pegue seus “trapos de bunda” e suma daqui, pois não empresto nem muito menos troco o controle da minha vida. É isso!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Primeiro

Não sou escritor e nem almejo tal título, só gosto de passar pro papel (e pro computador sequencialmente) minhas palavras, frases e pensamentos que insistem em se armazenar em minha mente de forma aleatória quanto a sentidos, assuntos, ou entendimentos, elas apenas existem na cabeça de um homem denominado Rodrigo Martins, mais conhecido como Digão. Um cara bacana que tem sentimentos como muitos, mas que se expressa através deste sentimento como poucos... não por ser melhor que ninguém, muito pelo contrário, o faz por algum motivo ainda desconhecido que sente que nesse momento precisar ordenar os tais pensamentos que estão causando um certo incomodo a ele.
Ligar o chuveiro quente, sentar no chão do banheiro, cruzar as pernas e deixar a água cair sobre sua cabeça, imaginando que aquele ato fará com que o seu incomodo seja lavado e levado pelo ralo, como uma água suja, escura e densa que limpa seu corpo, alma e espírito, mas pra seu espanto nem um pouco espantoso, a água que desce pelo ralo é tão branca e limpa quanto a que sai do chuveiro acima de sua cabeça.
Sua visão? Estrelas, dados, peixes e andorinhas, que são marcas que a vida deixou de herança de épocas que não serão facilmente esquecidas. Estas marcas, estes traços que são apenas “trilha sonora” da vida, de momentos, dores, desafetos, alegrias e orgulho... muito orgulho. Algo que se torna tão duro à realidade que existem horas que se torna difícil levantar do chão do banheiro para encarar o espelho, pois sabe que o olhar que o acusa, é o mesmo que esta sendo acusado. Que estranho, o banheiro que é amigo confidente de tantos momentos e lamentos... alguns poucos metros quadrados que se torna tão aconchegante, que tenho dúvida as vezes se não é do mesmo tamanho do meu corpo, somente 1,73 d altura por 98kg de largura. Penso também que poderia sim ser menor que do realmente é, pois os azulejos são brancos para o tornar visivelmente maior, conselho da irmã arquiteta, que deveria imprimi-lo maior aos olhos com o branco... e neste momento sei que meu próximo banheiro não será branco, pois não quero que meu espaço seja invadido enquanto ordeno meus pensamentos.
Cada traço no corpo não me trará alegrias diárias, pois se torna tão comum quanto o carro preto que passou por mim hoje ás “sei lá que horas do dia”, porque estava muito ocupado pra anotar e notar, mas, cada sorriso sem dente que vou receber me fará o homem mais realizado do mundo. Quero ser, filho(a), seu único e verdadeiro herói, o que corrige porque ama, o que ama incondicionalmente, assim como amo sua mãe... único, perfeito e completo... já sou uma vez sem ser, e agora serei pela primeira vez o que já sou. Quero poder representar o papel reflexivo do teu espelho, poder chamá-lo(a) de xerox como um dia fui chamado, e isto é algo que sempre me trouxe orgulho e espero que lhe traga também. A dor momentânea que fazem meus olhos embaçarem tem nome... saudade... daquele que me ensinou o que hei de ensinar meus filhos.
Sentado em frente a um papel e uma caneta sinto falta de um café e um cigarro, como nos filmes de Hollywood, mas não farei algo que jamais fiz até o momento pois o que virá será além do que espero. Quero apenas poder sentir o calor do sol e o quão molhados são os pingos da chuva. Dor? Não sei. Alegria? Talvez. Felicidade? Ah, isso sempre... mesmo que faça o coração apertar e o frio na barriga resolva aparecer.
Quero poder contar que tenho uma família, amigos, um Deus que zela por mim e pelos meus e um “eu”que tem medo do “eu mesmo” que existe dentro de mim... Não escrevo nada aqui pra ser bonito, feio, de fácil entendimento ou leitura, só absorvi um pouco do que estava na cabeça e joguei no papel pra tentar entender, isto já basta! É o poder olhar pra trás e ter escrito o registro de um pensamento único, é poder observar de alguma forma o que se passa dentro de mim. É lembrar de 15 anos atrás e não notar diferença nos traços do rosto... é lembrar de 20 anos atrás e não enxergar diferença no agir... mas é olhar no fundo dos olhos e notar que estes 10 minutos foram determinantes para que o branco dos olhos se tornem irreconhecíveis. É deixar o que é vão pra trás e pensar no que vem por aí, e que realmente mudará e muito os pensamentos vazios que ainda insistem em me perseguir.
Voltar a ser um valor nas mãos de quem realmente me valoriza, reaprender a sonhar um sonho bom, vindo de um terrível pesadelo e torná-lo real... realizar junto com a minha metade o que está mais do que vivo e real em nossos sonhos, pois um sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade... e é da minha realidade o que acabara de respeitar o que quero viver. A dor e o medo já passaram, saiu junto com a tinta da caneta que foi despejada neste papel que outrora estava em branco. A saudade insiste em ficar, mas eu desejo que ela fique, porque jamais sentirei um amor paterno terrestre como já senti um dia e esta saudade me motiva a ser tão bom quanto para os meus.
Amo minha mãe, amo meus irmãos, amo minha mulher, filha e meu bebê que está por vir. Amo a mim mesmo de uma forma totalmente minha, mas que eu mesmo me entendo e correspondo do meu jeito a mim mesmo.
Chega, levanto agora, fecho o chuveiro e me seco numa toalha verde. Pego um papel e uma caneta e começo a botar meus pensamentos em ordem...