quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

3 Morangos...


Tento ter certeza do que eu gosto, do que sinto, do que quero, e de como eu quero... o tempo vai passando e a gente vê a insignificância de algumas coisas, costumes, sentimentos, pessoas... tenho três morangos pra dispersar sobre a cobertura do bolo da minha vida e quero colocá-los em lugares especiais... o primeiro morango nesse instante é e sempre será meu ego, estou pouco me fudendo se desagrado ou se não sou mais o estereótipo que agrada fulano e beltrano, pois já doeu o suficiente, até mais do que eu esperava... Se tivesse como medir o tamanho da dor que destrói os sentimentos em poucas horas de uma madrugada, com certeza não iria querer viver novamente tal experiência, mas estou começando a acostumar com isso, apenas mais do mesmo... ai eu fico bolando planos, tentando resolver na minha cabeça algo que não resolvo fora dela, e acabo deixando o tempo passar e os ponteiros do relógio tirando racha um com o outro, fazendo a madrugada passar com uma velocidade incrivel... me diga quem em plena saúde mental se daria ao luxo de ir além da capa do livro da minha vida? Pra ler um conteúdo que vem recheado de loucuras, medos, azarações, caprichos, decepções, realizações, etc...etc...etc... de um adolescente preso em um corpo de homem? Quem seria capaz de viver apenas com uma capa sem conteúdo? Sem escrever uma linha se quer com os próprios punhos, que hora vivem cerrados prontos pra luta diária contra a vida louca que levamos, hora vivem abertos segurando um controle de video game...
Meu morango nº2 chama-se verdade, e esse pedaço é só meu... as minhas verdades são absolutas, e se eu tiver que dar a vida por elas, ah! não vou hesitar e nem pensar duas vezes. Meus pensamentos são vagos, mas minhas verdades são cheias de certezas, e irei te convencer que são as únicas coisas que realmente me interessam. Com muito prazer te digo que não vou me deixar influenciar por aquilo que não acredito e não credito... jamais. pode tentar ser mais convincente que eu, não ligo, no maximo irei balançar a cabeça afirmativamente enquanto rejeito tudo que ouço por não fazer parte do que realmente me interessa... chega de atitudes baseadas em verdades alheias, eu quero pensar por mim, e ser responsavel por atitudes que tomei comigo mesmo.
O ultimo morango vai no primeiro pedaço do bolo, que é minha magoa, e esta eu faço questão de dividir com aqueles que querem um pedaço dela. Parece dura demais, mas eu não sei o que você passou na sua vida até hoje, e não quero que saiba o que eu passei... a magoa faz parte da historia, das realizações e decepções da vida e isso não se pode apagar... ela faz bem pra memória, pois te faz lembrar de situações e pessoas que até seria bom esquecer, mas que é melhor ainda lembrar pra se ter a total certeza do que é o ser humano em seu completo desprezo.
Quer mais morango? Infelizmente acabou, mas sobrou um bom pedaço de bolo pra eu me deliciar enquanto penso qual o nome do morango que irei comprar no mercado mais próximo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Seja Feliz!!!!

Ame mais,
abrace,
chore com vontade,
seja generoso,
erre,
faça aquilo que mais teme,
grite,
harmonize-se,
junte amigos,
lute pelo que acredita,
mude de opinião,
namore,
pense em novas oportunidades,
ore,
queira loucamente,
deseje,
ria com mais freqüência,
sonhe,
trabalhe com prazer,
use a imaginação,
estude,
viva,
zele por você,
leia um bom livro,
case,
Realize,
vá as compras,
reencontre amigos,
reze,
assuma seus erros,
desça do muro,
pule a cerca,
crie coragem,
conheça o novo,
doe o velho,
saia do armário,
descase,
cante, dance e represente,
faça amor,
visite um museu,
reescreva sua historia,
aprenda coisas novas,
perdoe,
respire ar puro,
vá ao teatro,
evite a guerra,
pesque,
pratique esportes,
coma sem culpa,
reclame com sabedoria,
lute sem medo,
faça dieta,
vá viajar,
se tranque em casa,
pinte um quadro,
escolhe a escada ao elevador,
seja corajoso,
ligue pra ele ou pra ela,
beba mais água,
ande descalço,
faça passeatas,
acorde mais tarde,
diga que o(a) ama,
cuide dos animais ,
faça caridades,
plante uma arvore,
cante bem alto,
boceje,
faça amor,
seja voluntario em uma ONG
torça pro seu time do coração,
faça a sua moda,
ignore as picuinhas
corra no parque,
recicle,
jogue videogame,
não pise na grama,
mude o cabelo,
seja paciente,
visite um blog,
descubra o desconhecido,
beije muito,
mude seu repertorio,
relembre,
corra atrás,
transe,
se leve mais a sério,
reavalie objetivos,
cozinhe,
falte,
apaixone-se
viva...


Se depois que fizer tudo isso, achar que nada mudou, mude a ordem das coisas, pule algumas atitudes, mude alguma coisa, invente uma nova lista, e comece tudo novamente... depois de tudo isso, se auto-avalie e seja feliz!!!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Texto Alheio...

Recebi um texto essa semana, e perdi algumas horas lendo e relendo, acho que umas 4 ou 5 vezes ao dia. Analisar de forma diferente cada ponto e tentar enxergar de uma outra visão algo mais profundo, mais sensato pra minha vida. Gostei do texto, fala da realidade do ser humano em não se contentar com o que possui, de almejar sempre mais, mesmo que não saiba como usufruir de tal bem. É como se você não desse o valor devido ao que tem, esperando que na próxima esquina algo muito maior vai cair no seu colo... e saber que não é bem assim...

O texto citado acima é este abaixo. Achei bem direto e de fácil entendimento... mas se você for meio louco como eu, leia algumas vezes durante o dia e você vai achar algumas coisas novas a cada virgula e parágrafo.




De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par, e não como ímpares? Ter um parceiro constante não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo às expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo!!!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Inferno Astral

Nem sempre o que a gente pensa que vai acontecer, realmente acontece. Tem coisas que acaba antes mesmo de começar, outras começam e seguem firmes e fortes até a metade, depois a missão é abortada, e as piores, que são aquelas que a gente realmente anseia e que batem na trave e sai, e que deixa a gente demasiadamente decepcionados. To no meu inferno astral esses dias, e parece que tudo conspira contra mim. Sabe aqueles dias que você olha ao redor e pensa “pra que fui sair da minha cama hoje?”, e esse vendito dia se estende lento, vagaroso, te fudendo aos poucos, matando lentamente. E aí quando surge aquele fio de esperança, do lugar que você acha mais improvavel de acontecer... BOOOOM, surge o inesperado e esse inesperado logo escorre pelos dedos... por horas, minutos ou até mesmo segundos tudo acaba como começou... surgiu donada, e se fez desaparecer tambémdo nada. Aí vc suspira, uma, duas, três vezes e grita por dentro... “é, hoje não vai dar nada certo mesmo”. Aí vc finge que relaxa e espera o dia acabar... acabar por si só, acabar mais ainda com vc, acabar com esperanças, acabar de fuder tudo...É a vida, e a vida que segue seu rumo como tem que ser, com suas surpresas, detalhes, e esperanças de que as coisas melhorem rapido. Bom faltam apenas 2 dias pro Inferno astral acabar e me deixar leve novamente... ah, e sem contar que o humor já foi pro espaço no dia que resolvi voltar ao regime... o mau humor se apodera do meu corpo e me faz a pessoa mais ranzinza do mundo... vou te dizer que se isso fosse uma entidade, seria uma das piores... sem duvidas. Mas como não poderia deixar de relatar, minha esperança volta toda vez que chego em casa, beijo minha esposa, minha filha, e meu filho... e quando o pego nos braços ele sorri pra mim, ou chora que é mais comum, mas agora ele também sorri, e isso me faz levantar da cama e erguer a cabeça, tomar mais socos no peito, pés na bunda e continuar seguindo em frente.
Vamo que vamo que o groove não pode parar...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Iggor Dias Martins de Oliveira


Quem disse que eu não iria agüentar? Eu mesmo disse que não agüentaria ver meu filho saindo da barriga da mãe em meio a sangue, liquido de placenta, e tudo que se encontra dentro da barriga de uma grávida. Pois é, sempre disse aos quatro ventos que jamais isso aconteceria, que eu não teria estomago e muito menos coragem pra tal feito. E não é que tive! Assisti o acontecimento mais espetacular da minha vida, o parto do meu filho, e nada mais justo do que um relato do que aconteceu comigo a pouco mais de uma semana.
Segunda-feira a noite: Cheguei da casa da minha mãe, colocamos a Gi (filha) na cama e a Ju (esposa) foi tomar banho. A Ju tava cansada demais por conta do peso da barriga, tomou um banho e foi deitar. Fui tomar banho na seqüência, e quando saí do banheiro e deitei ao lado dela, senti sua barriga mexer de uma forma diferente, estava muito mais forte do que o comum. Acordei ela, que pra variar já estava dormindo, e fiz o comentário:
- “Amor, o Iggor tá mexendo demais”
E ela me respondeu:
- “Relaxa, daqui a uns 3 ou 4 dias ele estará aqui conosco; vou fazer xixi e já volto”.
Achei inocência demais esperá-la ir ao banheiro e que realmente voltaríamos pra cama e dormiríamos... decidi acompanhá-la e quando ela acendeu a luz, e começou a abaixar a calcinha me olhou nos olhos e disse “Amor, a bolsa estourou”. Aquilo pra mim foi como se ela tivesse dito “o mundo vai acabar em 5 segundos”... não sabia o que fazer/dizer, e perguntei a ela “Vamos pro hospital?”... rs. A resposta era tão obvia, mas demorou pra cair a ficha de que meu filho iria nascer dentro de algumas horas. Liguei pra minha mãe, sogra, irmãos, cunhado, antes de sair de casa... chegamos 00:30hs. no hospital e demos entrada nos papeis... faltava pouco. Internação, muita paciência, conversas de ansiedade, e mais paciência...
Minha sogra foi ao quarto ajudar a Ju a tomar banho e na volta me veio com uma surpresa. “Digo, esse papel precisa ser assinado pela pessoa que for assistir o parto, e eu não vou assistir não. Caso você não vá, tem que devolver e avisar que ela irá ficar sozinha”. BUMMM... uma bomba, eu não iria assistir o parto, já havíamos combinado que eu não assistiria... e o que dizer diante da minha mãe e sogra? E a minha hombridade? Não tive escolha e disse com voz de quem está totalmente seguro do que está fazendo. “Eu assino, eu vou assistir o parto”. Depois de alguns segundos a ficha realmente caiu e minhas pernas ficaram um pouco tremulas, mas segurei a onda e me acostumei com a idéia... mesmo porque não tinha mais como voltar na decisão, e eu não queria voltar atrás.
Passamos a madrugada ali na sala de espera do Hospital São Camilo Santana, e ás 06:00 a Ju foi induzida ao parto... soro com remédio pra aumentar as contrações. Dois dedos de dilatação que viraram 3 e depois 6 e depois 7 e... hora de irmos pra sala de parto. “papai, você entra nesta sala e coloca uma roupa assim, assado... blá blá blá”, eu nem estava ouvindo direito as instruções da enfermeira, só conseguia olhar pra Ju, e de alguma forma tentar ajudá-la com aquelas dores que só aumentavam a cada minuto, mas tive que me preparar pra hora H.
Entrei sozinho no banheiro pra trocar de roupas, me ajoelhei em frente a privada e antes mesmo de trocar de roupas fui conversar com Deus pra Ele tomar as rédeas e cuidar de tudo dali pra frente, pois eu sabia que precisaríamos muito da ajuda d’Ele. Me levantei, coloquei a tal roupa de médico (diga-se de passagem, só conseguia lembrar do desenho do Pica Pau “chamando Dr. Ranchocruts”)... roupa azul, mascara, toca, protetor de tênis... me olhei no espelho e o misto de felicidade e nervosismo me fez rir por alguns instantes... e segui a sala de parto.
A equipe médica era pequena, totalmente diferente do que eu achei que fosse encontrar... achei que umas 15 pessoas ajudassem no parto, que ficaria uma correria desesperadora, enfim... na sala havia apenas 1 anestesista, 2 enfermeiras, 2 médicos e uma pediatra... eu e a Jú. As contrações aumentavam e ela começou a fazer muita força, com a médica incentivando pra ela forçar ainda mais... aquilo pra mim já era uma tortura psicológica, já estava me sentindo mal de ver aquela cena, ver minha esposa sentido dor (bem menos por conta da anestesia, mas mesmo assim ainda sentindo pequenas dores da contração), e eu ali totalmente impotente... só conseguia segurar sua mão e limpar o suor no seu rosto. A Dra. Alessandra mandou chamar o Dr. Sato, que a acompanharia no parto e ele veio medir a dilatação. Já havia alcançado os 10 dedos, mas o bebê estava muito alto, e mesmo com toda a força que a mãe estava fazendo, ele não estava descendo pra nascer. Foi aí que surgiu a frase que preocupou tanto a mim, quanto a Ju. “Se ele não descer em uns 20 minutos, teremos que fazer cesariana”. Aquela frase caiu como uma bomba aos nossos ouvidos, mais ainda ao ouvido da Ju, que teve uma gravidez regrada pra ter um parto normal, fez tudo certinho, esperou até os 45 do segundo tempo, teve as contrações, ficou mais de uma hora na mesa de parto fazendo força pro Iggor nascer de parto normal, e ele não queria vir de jeito nenhum... e foi o que aconteceu... vinte minutos depois, os médicos pediram pra eu sair da sala por um instante pra poder preparar tudo pra uma cesariana. Saí da sala e novamente fui bater um papo com Deus... sabia que tudo estava nas Suas mãos, e que por mais que tivéssemos preocupados, Ele cuidaria de tudo. Mais uma vez entreguei nossas vidas e fui chamado novamente pra “acompanhar” o parto. Quando cheguei a sala, meu desespero aumentou.
Pros que me conhecem, sabem que não posso ver sangue que minha pressão cai na hora e chego a desmaiar rapidamente. Entrei na sala, imaginando que teria um enorme pano em frente a Jú e que eu não veria nada do parto, só ouviria o choro do meu filho assim que ele nascesse. Engano meu. O tal “pano” que colocam em frente a mãe é muito pequeno e cobre somente a visão dela, e a de mais ninguém. Entrei e sentei quase de costas pra equipe médica, pra não ter que ver nada do que estava sendo feito ali. Mas minha curiosidade foi maior, e eu comecei a dar umas “pescoçadas” pra ver o que estava acontecendo. Na hora senti uma tremedeira no corpo, e aquele monte de sangue nas luvas dos médicos não me afetaram em nada. Comecei a observar cada movimento que eles faziam, ao som da Ju me dizendo “amor não olha, você vai passar mal”... não passei não... assisti todo o processo... abrir a barriga, cortar cada camada de pele, e na hora que meu filho ia sair mesmo da barriga, a pediatra disse em alto e bom som “PAPAI, VEM VER SEU FILHO SAIR”... aí não né? Aí já é demais, pensei eu em milésimos de segundos... rs... mas não poderia de jeito nenhum dizer não pra ela perante um pedido desses, e ainda mais na frente de tanta gente. Tomei coragem, e lembro de dizer apenas uma frase “Deus, me segura”... rs... levantei e fiquei bem de frente a barriga toda aberta da Jú. Vi quando a médica segurou o Iggor e o puxou pra fora da barriga. Meu filho deu um pequeno choro e foi entregue a pediatra, pra fazer a aspiração. Depois veio o choro de verdade, e que choro forte... Não contive as lagrimas... ver meu filho saindo da barriga da mãe foi o espetáculo mais fascinante da minha vida. As lagrimas escorriam pelo meu rosto sem nem mesmo eu conseguir contê-las, eram muitas lagrimas. A pediatra o levou para a “limpeza” e o trouxe uns cinco minutos depois. Enquanto isso fiquei conversando com a Ju e vendo os médicos fecharem ela... ela me olhou e disse “você viu nosso filho amor?” chorei mais um pouco junto com ela. Quando nosso bebê voltou limpinho, e pediatra o encostou perto do rosto da Ju, e depois me apresentou formalmente como o pai dele... rs .. que momento mágico.
Foi solicitado que eu saísse da sala de parto, pois a Ju teria que descansar um pouco. Saí e encontrei as avós na sala de espera com caras de ansiedade... contei tudo que havia acontecido e já era a hora de ver meu filhote na sala de pós parto. Ficamos babando o vidro enquanto olhávamos pra ele tomando oxigênio. Fui conversar com a médica sobre um tal aparelho que estava colocado no pé do meu filho e ela me disse que era pra medir a quantidade de oxigênio no sangue. As horas foram passando e a médica disse que a Juliana estava bem, que seria liberada pro quarto, mas que o Iggor ficaria em observação, tomando oxigênio. Ficamos preocupados, mas a médica nos orientou que era normal. A Jú desceu pro quarto, mas o Iggor continuava na sala pós parto, em observação.
A médica veio conversar comigo e explicou que o pelo formato do parto, ele teria inalado um pouco de liquido dentro da barriga, e que tinha afetado sua respiração. Deu diversos detalhes de como funciona a recuperação e disse que ele só iria pro quarto quando apresentasse melhora na respiração. Aquilo foi um belo balde d’água fria pra mim. Eu teria a responsabilidade de informar a Juliana sobre o ocorrido, pois ela havia acabado de descer pro quarto. Falei rapidamente com ela, e fui levar as avós em casa, pois estavam demasiadamente cansadas pela noite sem dormir, sentadas numa poltrona que não era nada confortável depois que se passam as primeiras duas horas. Isso já era umas 17hs da terça-feira.
Voltei pro hospital no horário da visita, ás 19hs. Em busca de novidades, mas não obtive muito sucesso. Só conseguiria conversar com a médica do plantão ás 21hs., no fim do horário de visitas. Já era quase dez da noite quando a médica veio conversar conosco no quarto, e o que ela trazia não era uma noticia animadora. Com toda calma e formalidade, ela explicou o que estava ocorrendo com nosso bebê: “Quando o bebê está na barriga da mãe, ele respira através da placenta, e quando ele sai da barriga, esses canais de respiração entre a placenta e o coração se fecham, e os canais do pulmão se abrem. No caso do Iggor, um desses canais do coração ainda está aberto, e ele está tendo dificuldades de respirar. Nós iremos fazer mais um exame ainda hoje e mantê-lo no oxigênio por esta noite. Como aqui embaixo não temos toda a aparelhagem pra isso, ele vai subir pra UTI essa noite pra termos mais eficiência na recuperação”. Ouvir a médica falar aquilo foi como se ela tivesse me dado uma facada. A sigla UTI me fez perder o chão, me dar taquicardia, tremedeira, minha cabeça fez um filme de tudo que havia acontecido desde o momento em que descobrimos que a Ju estava grávida, até o momento em que o vi saindo da barriga da mãe. Fizemos algumas perguntas pra pediatra antes dela sair pela porta do quarto. Assim que ela saiu, a Juliana não se conteve e chorou copiosamente. Segurei a barra e tentei dar força pra ela naquele momento, mas só Deus sabe o aperto que estava sentindo no coração. A médica voltou no quarto e me entregou um papel pra eu fazer a internação do meu filho na UTI. Tranqüilizei o quanto pude a Ju, e fui pra sala de internação. Eu estava visivelmente quebrado, meu semblante era péssimo. Fiz a internação, e ainda fui conversar com a médica se poderia voltar ao hospital ainda aquela noite pra saber o resultado do exame. Ela percebeu meu desespero e disse que estaria me aguardando a hora que fosse, e que me atenderia.
Saí do hospital por volta dás 23:00, peguei o carro e fui deixar a Giovanna na casa da minha sogra. Ah, a Giovanna estava comigo o tempo todo, e viu cada minuto do nosso desespero. No caminho chorei como nunca havia chorado em toda minha vida... não conseguia sequer orar. Foi um dos piores momentos da minha vida.
Deixei a Giovanna na casa da avó e fui pra casa da minha mãe. Cheguei lá estava minha mãe e a Bia na cozinha tomando chá, e quando entrei não me contive e desabei novamente. A Bia me abraçou e me deu seu ombro pra chorar. Me senti seguro ao lado delas e pude soltar aquele nó que estava na minha garganta. Depois de muito choro, e de ouvir palavras sábias das duas, fui até a casa do Manoel pra contar pra ele o que havia acontecido. Ele também me confortou com suas palavras e pude ficar mais calmo diante daquela situação. Beirava ás 01:00 da manhã quando esbocei uma saída de casa, pra voltar ao hospital e falar com a médica. O Manoel tentou me aconselhar a não ir naquele momento, e sim pela manhã que teria mais sucesso na minha busca por respostas, mas eu sentia dentro do meu coração que eu precisava ir naquele momento ao hospital. E eu fui. Cheguei no hospital ás 01:20 e fui chamar a Dra. Vanessa, responsável pelo plantão daquela noite, e ela me tranqüilizou muito, dizendo que os exames tinham sido animadores. Me explicou algumas coisas e me fez uma pergunta que me surpreendeu no momento. “Você quer ver o seu filho?”. Eu aceitei o convite, claro, e fui ver meu filho depois de toda aquela situação. Um dos meus maiores medos era encontrá-lo entubado, ou com algum acesso venoso, mas Deus não permitiu que isso acontecesse e ainda tive o privilegio de pegá-lo no colo pela primeira vez. Fiquei com ele por volta de trinta minutos e depois dei um jeitinho de ir até o quarto da Jú (mesmo fora do horário de visitas, o segurança permitiu que eu falasse com ela). Disse que estava com ele a pouco e expliquei pra ela tudo que a médica havia me havia dito, e depois fui pra casa bem mais aliviado.
Na quinta-feira pela manhã a Ju foi ao quarto amamentá-lo pela primeira vez, e ficamos com ele o dia todo. Foram dois dias de UTI que mais pareceram 2 meses.
Mediante a tanta oração e torcida de pessoas queridas, no sábado pela manhã ouvimos da equipe médica que nosso filho sairia da UTI e iria pra pediatria, pra ficar pelo menos mais 24 horas em observação. Realmente ele saiu da UTI no sábado e para o nosso espanto ele recebeu alta no domingo pela manhã. Como eu havia citado antes, quando Deus está no controle, as coisas acontecem conforme a Sua vontade, e a vontade d’Ele era que esse aprendizado pra mim, pra Jú e pra nossas famílias fosse naquele exato momento.
Saímos do hospital rumo a casa da vovó Augusta, de surpresa. Chegamos com nosso filho no colo, vestido de palmeiras dos pés a cabeça e quando entrei na cozinha, minha mãe olhou pro neto e vi o sorriso em seus lábios. Euforia pra ver nosso pequeno, meu irmão chegando na casa da minha mãe pra ver o sobrinho, comparações de “com quem parece”... uma felicidade completa. Saímos de lá uns quarenta minutos depois, rumo a nossa casa. Chegamos no portão e tocamos a campainha. A Jéssica (minha cunhada) veio até a porta e gritou pra dentro da casa da minha sogra “Mãe, o Iggor chegou”. A vitoria minha e da Jú em ter nosso filho nos braços, era a vitoria de todos os nossos familiares. Era nítida a felicidade estampada no rosto da minha sogra, cunhada, filha e a tataravó do Iggor. As lagrimas não se continham, e a felicidade era visível naquele ambiente. Subimos pra nossa casinha, e estamos a exatos cinco dias com nosso presente Iggor em casa. Somos uma família feliz e abençoada por Deus. Amo minha esposa Juliana, minha filha Giovanna e meu filhote Iggor. Só tenho a agradecer a Deus por tudo que Ele vem proporcionando a mim.
Resquícios? O Iggor tem um pequeno sopro no coração, mas o exame no Ecocardiograma deu pra médica ver que a veia está em fase de fechamento. Quase 50% da abertura já foi fechada, e o pouco que falta, logo estará zerado.
28/09/2010, ás 12:56:12 - Hospital e Maternidade São Camilo Unidade Santana, meu filho nasceu. Dia 02/10/2010, ás 10:32:50 ele saiu do hospital, me fazendo um homem realizado, e porque não. o mais feliz desse mundo?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


Tá chegando... quando eu menos esperar ele estará aqui comigo, lindo, pequeno, gordinho, gostoso... por minutos nada na vida mais irá importar, apenas ele... perder o chão, voar até a estrela mais longe e passar momentos unicos ao lado do homem que será a partir de então o mais importante da minha vida... meu amor, meu amigo, meu companheiro, MEU FILHO.
Ver seu rosto, conhecer o brilho dos seus olhos, seu sorriso... afe, só de escrever essas palavras fico com os olhos marejados... fecho meus olhos e tento imaginar como será seu rostinho, com quem irá parecer, mas não consigo definir uma imagem, porque acho que será tão perfeito que minha imaginação é incapaz de conseguir concretizá-lo, mesmo que seja apenas em pensamento... não tenho como expressar esse sentimento, é algo muito grande e que eu nunca havia sentido antes em momento algum... é como se estivesse perdido num oceano numa noite escura e sem estrelas e avistasse um farol, onde me direcionasse pro resto da minha viagem. Tudo mudou, e muita coisa ainda estápra mudar... vida nova, casa nova, amores novos... presentes de Deus pra minha vida, Juliana e Giovanna... e a cereja do bolo está chegando.
Minha angustia e ansiedade me fazem ficar sem dormir, me fizeram ter queda de cabelo, comer o dia todo, mas está chegando a hora... ah Deus, como eu almejo isso. Minha amada está com um barrigão tão lindo que resolvi fazer um post com uma foto dela... uma criança linda que carrega uma outra criança na barriga... que mulher perfeita, que mãe espetacular, que esposa fantastica. Dividir minha vida com ela esta sendo um prazer inenarravel. Gigi nem comento, a cada dia que passa me sinto que conquisto um pedacinho a mais dentro daquele coraçãozinho... a cada dia uma surpresa, uma novidade, e cada vez mais amor, mais carinho, mais amizade... amo “minha filha” como amo meu Iggor. E este minha filha tem que ser escrito sem aspas, porque ela já me adotou como “pai Digão” e não vejo a hora de chamá-la de filha... poder usar esse termo tão carinhoso com a “minha neguinha”...
Não tenho muito a escrever, porque a emoção não permite... estou no trabalho, com diversas pessoas ao meu lado, que não sabem o porque dos meus olhos estarem cheios de lagrimas, mas os sentimentos estão tão aguçados, tão a flor da pele, que qualquer beijo de novela me faz chorar (como diria Zeca Baleiro)... portanto, o texto de hoje será esse... não tenho muito mais a complementar, somente agradecer a Deus e dizer que amo minha familia como nunca amei ninguém na minha vida.
Daqui a uns dias eu posto um texto tentando descrever qual a emoção de pegar seu filho no colo pela primeira vez... tento descrever né, porque todos que já passaram por isso dizem que é algo indescritivel... meu coração fica apertado só de falar nisso... tenho que ir a um cardiologista com urgência... rs

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Parabéns Meu Palestra!!!

"Nesta data querida

São 96 anos de Palestra Itália. São 68 de Sociedade Esportiva Palmeiras. São Marcos. Academia do Divino Ademir da Guia.

Somos nós.

A Sociedade Esportiva Palmeiras.

Celebrando 60 anos da primeira das cinco coroas: do time campeão da cidade de São Paulo em 1950 e 1951; campeão do Estado de São Paulo no ano santo de 1950; campeão do Rio-São Paulo em 1951; campeão da Copa Rio para sempre, pelo Brasil e para o mundo.

96! Como 1996. Ano da maior campanha da história do profissionalismo paulista. A do Palmeiras dos 102 gols. Mais um campeoníssimo que não precisa de chancela e de título para saber que era o melhor. Não ganhou mais que um Paulista? E daí? O Palmeiras não se mede por títulos. Paixão é desmedida. Não é fácil contar este Palmeiras de vitórias incontáveis e incontestáveis. Deixem que os outros contem. O palmeirense canta.

No Palmeiras, recordar é vencer. Tudo tem volta. Nesta casa, todos têm volta olímpica. Vencedora. Como o retorno do eterno Felipão. Do mago Valdivia. E do gladiador Kleber. Um palmeirense que pelo clube morreria em nossa arena. Mas, pensando bem e torcendo melhor, onde há verde há vida. Não se morre pelo clube. Ele que nos faz viver e nos faz sentir em casa.

No Palestra Itália. Onde tanta gente que não se entende canta e vibra. Boa gente que só se entende como gente quando é Palmeiras. Onde nós divergimos tanto quanto nos divertimos. Nossa casa está em obras. Volta firme, forte e verde em breve. Como nossos ídolos voltaram este ano ao clube não por questão de escolha. Mas por escola. Porque um palmeirense não escolhe o Palmeiras. O Palmeiras que nos acolhe.

Não é saudosismo. É campeonismo. É aquilo que voltou contra o Vitória, na Sul-Americana. Vitória nossa. Vitória marcante. Vitória felipônica. O espírito de 1999 encarnado na virada. O espírito desde 1914 que faz com que, ao final da partida, todo o elenco saia do gramado em direção à arquibancada. Não só para festejar. Mas para comungar. Era um só corpo, um só espírito, uma só equipe. O time. O alviverde inteiro.

Um clube que teve de mudar de nome, mas não de ideais. Gente que sabe plantar sementes e criar Palmeiras. Podemos perder a casa por um tempo, mas jamais perderemos o nosso templo. Até porque este clube é para ganhar. Amigos e jogos.

Este é o berço da Academia do país do futebol. O palco do Campeão do Século XX. O altar da comunhão palmeirense.

O Palmeiras dos filhos desta pátria mãe gentil, dos netos da Mamma Itália. Da torcida que canta e vibra nos Jardins Suspensos pela paixão, no canto de amor verde e paixão branca de Moacyr Franco.

Mas tanto amor não tem cabimento. Por isso o Palestra precisa ser maior. Moderno como o gramado elevado de 1964. Eterno como o estádio que é nosso há 90 anos. Casa que continuará sendo de cada um quando reabrir os portões para a História.

Quando a nova arena voltar, ela será como o nosso amor: ainda maior; ainda melhor; ainda mais Palestra Itália; sempre mais Palmeiras. Para abrigar cada filho que se ressente do lar ausente. Mas não do amor de mãe, de pai, de filho, do espírito santo palestrino. Do anjo-guardião que nos protege há 500 jogos. Do Divino que nos ilumina em cada campo.

Santos e deuses. Ateus e os que professam outras fés que me perdoem: vocês não sabem o que estão perdendo. Quer dizer... Vocês sabem muito mal quantas vezes já perderam.

Parabéns, Palmeiras, nesta data querida.

Parabéns, palmeirenses, por todos os dias de nossa vida em verde."

Texto: Mauro Betting

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Família...

Qual a maior sensação de felicidade você já teve na vida? Ver seu time de futebol ser campeão daquele torneio que você julga ser o mais importante de todos? Ver a seleção do seu país “trazer o caneco” pra casa? Ganhar sozinho na loteria federal com o prêmio estando acumulado?
Creio que estas devem ser emoções enormes, dignas de gritos espontâneos de alegria . Mas será que as pequenas coisas da vida, aquelas que passam despercebidas no nosso dia-dia, não são tão ou mais importantes do que estas conquistas?
Esta semana ouvi uma discussão interessante na minha empresa, algumas pessoas conversavam sobre “o dinheiro trazer felicidade”... uma delas chegou a dizer "trás sim e muita"... e em seguida se contradisse “eu iria morar no mesmo lugar que moro e fazer as mesmas coisas que faço, eu não iria mudar”... ué, pra que ganhar na mega sena então?
Estou aprendendo que existem coisas na minha vida que são de tal importância que se eu prestar um pouco mais de atenção, irei me sentir tão rico quanto um ganhador de um prêmio milionário. Mas não rico em dinheiro... rico em realizações, felicidade, conquistas, como por exemplo: Deus me presenteou com pessoas indispensáveis. Tenho uma mãe que me valoriza nos menores detalhes, que me supre toda a necessidade de amor existente nesse mundo. Um pai que me ensinou a ser Homem com H, que tenho como espelho pra minha vida, que é referencia pra mim e será pros meus filhos, um Homem tão único e maravilhoso que Deus o quis perto dele tão cedo. Irmãos que são anjos vestidos de seres-humanos, que me apóiam em tudo que faço (as vezes até mesmo quando faço besteiras), que me fornecem amor acima de tudo. A pouco menos de um ano, Deus me deu uma mulher tão perfeita, que é difícil descrevê-la, uma filha (postiça...rs) que faz parte da minha vida tanto quanto os dedos da minha mão, uma criança a quem dedico meu amor, carinho e respeito como nunca imaginei dedicar a ninguém. Pra mim a vida estava completa, perfeita, linda e feliz... Mas Deus olha por nós e sabe onde melhorar ainda mais tudo aquilo que julgamos perfeitos. A Jú, aquela mulher perfeita que eu disse algumas linhas acima, está gravidíssima de sete meses, e o Iggor (meu filhote) me trouxe uma alegria impar, cujo julguei ser inexistente. Sentir meu filho mexendo dentro da barriga da mãe é algo indescritível, só de pensar, lágrimas vem aos meus olhos. Saber que ele está ali dentro e que daqui a menos de dois meses estará em meus braços me aumenta ainda mais a ansiedade dos dias passarem logo. Hoje posso dizer que sei o que é o amor, sei o que é uma família que me traz felicidade completa. Tenho minha mãe e meus irmãos que amo inexplicavelmente, tenho meus novos presentes de Deus, Jú e Giovanna, que aprendi a amar e que esse amor é infinito e eterno. E agora tenho a figurinha que veio completar minha vida chamada Iggor, que me faz viver a cada minuto com muito mais intensidade, saber que vou viver pra ele e por ele farei tudo que for preciso.
Dinheiro, claro que é necessário, mas não é tudo. Posso dizer que dinheiro é preciso, mas necessário mesmo é ter pessoas a quem amar e receber amor. Não quero ganhar na mega sena, eu já ganhei, mas Deus é tão maravilhoso que mudou o prêmio... ao invés de dinheiro me deu uma maravilhosa Família!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Emoção sem igual...

Acordo de um sono mal dormido, levanto e coloco a roupa que previamente havia separado e vou pro trabalho com todos os dias... tudo acontecia na sua mais perfeita harmonia, no mesmo ritmo do dia anterior, menos eu. Uma ansiedade tomou conta de mim de uma forma avassaladora, eu estava eufórico mesmo depois de uma noite mal dormida... o coração batia mais forte e mais rápido, a cabeça não se concentrava nem na hora em que eu dirigia... tudo era diferente, tudo estava incomum...
Cheguei na empresa e não consegui trabalhar, só pensava no horário do almoço... fome? Nada, o nome disso era ansiedade... o exame estava marcado para ás 13h00, mas o relógio não queria ajudar... insistia em caminhar mais devagar que lesma... e minha ansiedade só aumentava... enfim, deu o horário e fomos (eu e a Jú) ao consultório médico... eu tremia, mas me fazia de forte pra tentar não deixar a Jú mais ansiosa do que ela já tava... entramos no consultório e a atendente parecia que fazia de propósito em não nos chamar. (juro que inventei mil apelidos e “xingamentos leves” em homenagem a ela enquanto ela não chamava)... quando de repente surge a médica e nos chama a sala de Ultrassom... meu Deus, quase não consegui levantar do sofá da sala de espera pra ir a sala do exame... mas segui firme e (+ ou -) forte de mãos dadas com minha digníssima Jú. Entramos na sala e a médica pra nos relaxar começou a falar algumas gracinhas e logo me deixou de lado e falava só com a Jú... e ela, que nem gosta de uma conversa, falava com a médica como se fossem velhas amigas... começar o bendito ultrassom pra que né? o importante é ficar batendo papo mesmo... e eu ali, agoniado...
Final do clima de suspense, começo do clima de desespero... a médica pede pra Jú baixar um pouco a calça na parte da frente, joga um gelzinho transparente na barriga dela e pra melhorar ainda mais o suspensa, dá uma escurecida na sala... tipo meia-luz de motel... “estão prontos” perguntou a médica... e com um sorriso nos lábios respondi sim, mas por pensamento respondi... “desde quando vocês duas começaram essa conversa sem sentido que estão a mais de cinco cansativos minutos”... enfim... quando achei que fosse começar e saber como estava meu baby, ela para tudo e fala... “Pais, eu sei que vocês querem saber o sexo do bebê, mas s[o irei falar se eu tiver plena certeza... se eu tiver alguma dúvida, vai ficar pra uma próxima vez”... quase bati nela por dois motivos... 1 porque não começava logo o bendito exame e 2 porque ela não precisava ter dito aquilo... era só dizer no final... “não deu pra ver, e pronto”... as mãos suavam...
E enfim ela começou... caraca que coisa de louco... quando ela colocou o aparelho na barriga da Jú, quase tive um troço... consegui ver a coluna do meu filhote formadinha, a cabeça (claro que veria), a perna, bexiga, coração, e ops... peraí... aquilo é o fêmur, ou o que estou pensando??? Como que querendo esconder da gente, a médica moveu o aparelho de lugar e disse “o sexo já deu pra ver, mas só vou falar depois que verificar se está tudo bem com o babe”... aquilo pra mim foi uma confirmação de que o que eu tinha visto não era o fêmur, era algo de tamanho parecido (meu filho né... rs).
Enquanto ela mexia no bebê eu ficava maravilhado agradecendo a Deus pela perfeição e pelo momento que Ele estava me proporcionando... com toda certeza do mundo era o momento mais emocionante e feliz da minha vida... ver meu bebê dentro da barriga da mãe e olhar pra ela e ver um sorriso maravilhoso e os olhos brilhantes respondendo tudo aquilo que eu passava pra ela com meus olhos marejados...
25 minutos de uma emoção indescritível, e a médica nos diz... “Está tudo bem com o bebê. Tudo está correndo conforme tem que ser, os órgãos estão nos tamanhos certos e está perfeito”... eu esperava ela confirmar algo que eu já sabia e só queria ter absoluta certeza vindo dela. “É um menino”... que alegria maravilhosa... é como se Deus tivesse tocado com Suas próprias mãos em mim... senti Seu abraço caloroso naquele momento e a minha reação foi.... ficar parado... fiquei uns dois minutos totalmente imóvel, pensando naquilo que eu acabara de ouvir... um filho, um menino... Deus, que responsabilidade enorme... olhei pra Jú com os olhos cheinhos de lágrima e vi um sorriso lindo me olhando... era tudo que eu podia esperar dessa mulher maravilhosa que ganhei de presente de Deus... e ela disse “O Iggor tá aqui amor”... um sonho?? Não, realidade demais... meu filho... uma emoção tomou conta de mim e eu queria que o mundo soubesse quem Deus tinha me enviado... saímos da sala e liguei pra minha mãe... ela estava com a Claudia(prima) em casa e com a Bia(irmã) no MSN... e eu disse pra ela que era o Iggor que estava por vir... desliguei o telefone e liguei pro Mané (irmão) e disse que estava vindo mais um palmeirense pra nação... Deus, que felicidade... precisava ligar pra mais pessoas, mas no momento eu nem conseguia lembrar pra quem ligar... claro, precisava contar pro Marroley tb, meu primo-irmão... liguei pra ele e pra mais um monte de gente... minha alegria estava completa.
Rodrigo Martins, pai do Iggor Dias de Oliveira... sei que meu pai ficaria orgulhoso de mim, assim como todos da minha família ficaram... Pode ter certeza que tudo que aprendi contigo irei ensinar ao meu filho... e meu pai celeste vai me ensinar assim como tu me ensinaria aqui na terra...
Feliz, essa é a palavra que define meu estado... FELIZ!!!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Nossa história...

Eu andava sem procurar um relacionamento, muito pelo contrário, havia terminado um a bem pouco tempo, estava atrás apenas de sossego. Tinha receio, da desilusão, de amar, de me entregar... Certo dia resolvi reparar em alguém que me fazia bem, que estava sempre ao meu lado sem eu precisar chamar, que sempre me oferecia carinho e atenção quando eu precisava, então resolvi enxergar algo além da amizade, o amor... Estávamos envolvidos num misto de amizade, cumplicidade e acabamos nos envolvendo ainda mais... O engraçado é que mesmo não querendo comecei a me entregar, comecei a amar de verdade. Vários dias de conversas, vários dias de beijos e amores intensos e quando percebemos estávamos ali entregues um ao outro, sem ao menos perceber o que estava rolando. Nunca imaginei amar novamente, nunca imaginei poder amar mais do que já havia amado, nunca imaginei descobrir o que é o amor com a minha idade. Assim depois de tantas descobertas me sentia em paz, me sentia realizado. Em pouco tempo minha vida mudou completamente, eu tinha mais um motivo para viver em busca da minha felicidade... Em meio tudo isso aconteceram tristezas que marcaram, que doem até hoje, que rolaram de forma estrondosa, mas que um dia há de serem esquecidas.
Em meio ao esquecimento de tais tristezas e aumento de muitas alegrias, recebei uma noticia que mudaria minha vida em definitivo... um misto de medo e felicidade, preocupação e euforia, um filme passava em minha cabeça imaginando como seria o futuro... Até que caiu a ficha que ia ser pai. Em tão pouco tempo de convivo, sem nem mesmo esperar por aquilo, “me cuidando” (como diria minha amada mãe), eu estava “grávido”... “grávido” de uma linda mulher que me trouxe uma felicidade impar. Um medo quis falar mais alto, um receio quis me amedrontar, mas a sensação de saber que teria um filho me deixou eufórico, existia uma felicidade enorme dentro de mim, uma explosão de amor por alguém que nem se quer conheço, nunca vi, e nem sei se é ele ou ela... estranho isso... mas pra mim é a pessoa mais importante que existe...
O resultado dessa historia é felicidade... felicidade por ter uma mulher maravilhosa ao meu lado, que me compreende, que cuida de mim, me mostra o norte pra diversas coisas, me diverte, me emociona, me ajuda, que me tudo... e dentro dessa mulher, existe uma nova razão de viver, trabalhar, estudar, e matar o tal ‘leão diário”. Um filho! Iggor Dias de Oliveira ou Maria Luiza Dias de Oliveira. Não sabemos ainda, mas sabemos o que esta criança representa pra gente.
Esse papo de amor e filho não termina por aí, porque ganhei muito além do que eu poderia imaginar... Tenho minha metade que consequentemente carrega Iggor ou a Malu dentro dela, e que ainda por cima me deu a Giovanna... criança figurinha premiada (rs), impossível e improvável, um “anjo de gênio forte” que amarra o burro com a mesma facilidade que te abre um sorriso matador, daqueles que faz qualquer “pai postiço” agradecer a Deus pela oportunidade que o foi dada... Gica, peça importantíssima no meu relacionamento...
Enfim, hoje é um dia mais que especial pra gente, pois saberemos o sexo do nosso baby... pra quem lê “isso aqui”, saberá logo logo a novidade...
Ansiedade...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Comercialização e Consumismo...

Quando compramos um objeto, o que realmente desejamos é um significado. O comercialismo é a água que nadamos, o ar que respiramos, a luz do sol e a sombra... o materialismo é uma força vital de significado e de felicidade no mundo moderno. Não pedimos para seguir o caminho que escolhemos, exigimos. Neste exato momento grande parte do mundo está formando filas, empurrando e acotovelando-se, ansiosas por entrar no centro comercial. Adquirir e gastar tornaram-se a empreitada mais arrebatadora e, muitas vezes, mais imaginativa da vida moderna. Embora para alguns isso pareça árido e deprimente, como sem dúvida deveria ser, para muitos outros é libertador e democrático(...)
A grande questão é saber onde estamos querendo chegar com essas atitudes que alimentam tanto nosso ego. Aprender a consumir não é um ato pra poucos, mesmo porque, aprendemos isso com a vida, com nossos pais, com nossos amigos... mas consumismo se torna perigoso a partir do momento que o torna um consumista desenfreado. Seria bom se fossemos consumistas de livros e lêssemos todos eles, que fossemos tão dedicados em fazer o bem, em mudar o que incomoda, de levantar a bandeira da “mudança já”. Enxergamos apenas o que agrada momentaneamente, o que podemos ter sem termos que ser... ninguém quer ser o dragão que solta fogo na terra dos felizes, quer apenas ser “o feliz” e fugir do fogo alheio... mas continuar sendo “o feliz”, mesmo que sozinho, e não querer saber o que é a tristeza... nem ter idéia que a tristeza pode estar em atos tão pequenos, tão insignificantes... se deparar com olhar refletido no espelho da vitrine e chorar por saber que o sonho despertou e que a insônia agora toma conta das suas noites mais sombrias... ter medo de si quando o escuro se instala no céu e os centros comerciais se fecham... com isso, a alegria momentânea desaparece e a ansiedade é vestida como uma blusa nova da promoção da loja X. Só resta agora esperar o sol nascer para uma nova empreitada comercialismo e consumismo desenfreado.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O Amor...

Às vezes nos pegamos reclamando que somos desorganizados, que não temos tempo pra nada, falando de nossos problemas... Eu sou uma pessoa que tem tremenda dificuldade em dividir meus problemas. Por mais que esteja na merda estou sempre acessível, mas fechado pra alguns assuntos, quieto, cara fechada e de pouquíssimas palavras. Ás vezes a vida pesa sob nossos ombros e somos atingidos por um sentimento ruim, isso é comum no nosso dia-dia. mas achei uma saída pra tudo isso... O Amor
Acho que amar não é apenas ver as qualidades, isso é estar apaixonado... e a paixão é um vulcão em erupção que certamente um dia irá adormecer, restando apenas incertezas. E quando a paixão é cultivada, tratada, reverenciada, ela se transforma em amor. O amor, por princípio, baseia-se em sentimento intenso que não esmorece mesmo diante de defeitos do “objeto” do sentimento. É gostar loucamente de alguém mesmo apesar de seus defeitos.
Entende-se que o amor de um pai ou mãe por um filho é eterno e incondicional. Deveria ser. Nem sempre é. Algumas relações se deturpam diante de desvios impossíveis de serem aceitos… mas isso nunca pode acontecer com uma criança.
Quando me deparo com situações de pais que repreendem seus filhos na frente de outras pessoas, por ele ter feito algo não muito satisfatório aos seus olhos, e ouço alguém dizer “por isso que não quero ter filhos” eu sinto pena. Pena daquela pessoa que acha que a relação entre pai e filho é diferente de qualquer outra relação: repleta de altos e baixos. A diferença é que ela tem um laço tão forte que é quase inquebrável. A diferença é que antes de ser pai você nunca vai entender o que é vê-lo no primeiro ultrassom, ouvir seu coração batendo em ritmo acelerado, ouvir seu choro quando sai da barriga da mãe, o valor do sorriso, de um olhar de agradecimento ou de carinho vindo dele. Você nunca vai entender o quanto esses atos podem mudar seu dia.
Ouvi algumas historias sobre crianças, dentre elas, de um homem que estava deprimido e ao chegar em casa se sentindo mal, um tanto que desgostoso de si mesmo, se deitou no sofá, cansado, triste. Deixou sua bolsa de lado, suspirou e colocou a mão na cabeça. Estava tão absorto em seus pensamentos que nem percebeu alguém se aproximando. De repente recebeu um beijo sua minha cabeça e ouviu uma voz que dizia “Fica assim não, pai. Eu te amo”. Com a mesma velocidade que veio ele se foi, jogando um io-io, esbarrando de forma desastrada nos móveis por dentro de casa. Com toda certeza aquele filho não tinha noção do que aquelas palavras significariam praquele pai. Duvido muito que ele tenha pesado o ato dele antes de chegar ali e o consolar. Ele apenas o sentiu e fez algo que nós, adultos, muitas vezes temos dificuldade em fazer. Aquele menino salvou o dia do seu velho pai.
Ouvi dizer que um garoto de 4 anos tinha um vizinho idoso ao lado, cuja esposa havia falecido recentemente. Ao vê-lo chorar, o menino foi para o quintal dele, e simplesmente sentou-se ao seu lado. A mãe do garoto ao ver aquilo, o chamou e indagou:
- O que você disse àquele Senhor?
E ele respondeu:
- Nada. Só o ajudei a chorar.

Alunos da primeira série estavam examinando uma foto de família. Uma das crianças da foto tinha os cabelos de cor bem diferente dos demais. Alguém logo sugeriu que essa criança tivesse sido adotada. Logo uma menina falou:
- Sei tudo sobre adoção, porque eu fui adotada.
Logo outro aluno perguntou-lhe:
- O que significa “ser adotado”?
- Significa – disse a menina – que você foi gerado no coração de sua mãe, e não na barriga!

O pequeno Daniel estava disputando um papel na peça da escola. Sua mãe me disse que tinha procurado preparar seu coração, mas ela temia que ele não fosse escolhido. No dia em que os papéis foram escolhidos, ao buscá-lo na escola, Daniel correu para a mãe com os olhos brilhando de orgulho e emoção:
- Adivinha o quê aconteceu mamãe!
- Diga meu filho, disse a mãe com lágrima nos olhos...
- O meu papel - Disse Daniel - Eu fui escolhido para bater palmas e espalhar a alegria!

Num frio dia de Julho, alguns anos atrás, um rapazinho de cerca de 10 anos, descalço, estava em pé em frente a uma loja de sapatos, olhando a vitrine e tremendo de frio. Uma senhora se aproximou do rapaz e disse:
- Você está com pensamento tão profundo, olhando essa vitrine?
- Eu estava pedindo a Deus para me dar um par de sapatos – respondeu o garoto…
A senhora tomou-o pela mão, entrou na loja e pediu ao atendente para dar-lhe meia dúzia de pares de meias. Ela também perguntou se poderia conseguir-lhe uma bacia com água e uma toalha. O balconista rapidamente atendeu-a e ela levou o garoto para a parte detrás da loja e, tirando as luvas, se ajoelhou e lavou seus pés pequenos e secou-os com a toalha. Nesse meio tempo, o vendedor havia trazido as meias e um par de tênis. A senhora calçou os pés do garoto. Ela pegou os outros pares de meias e entregou-lhe. Deu um tapinha carinhoso em sua cabeça e disse:
- Sem dúvida, vai ser mais confortável agora.
Quando ela se virou para ir embora, o garoto segurou-lhe a mão, olhou seu rosto diretamente com lágrimas nos olhos e perguntou:
- Você é a esposa de Deus?

Lendo isto, começo a entender um pouco do que será minha vida daqui a uns meses. Quero demais poder ser para o meu filho tudo aquilo que um dia sonhei e disse que seria. Farei de tudo pra aguçar meu humor ao adentrar a porta de casa, e deixar tudo que faz parte do mundo externo bem longe do "nosso mundinho". Quero me sentar no chão e brincar como se tivese apenas 5 anos de idade. Ganhei de presente uma filha que foi gerada em meu coração (já que não tenho útero), que já me ajuda a ver a vida de uma outra maneira, e uma mulher que é fantástica em tudo que faz e que eu amo incondicionalmente... o que eu quero mais nessa vida? Escrever sobre coisas que vejo, ouço e leio, e dar rumo a alguns projetos que tenho, ou melhor, que temos, pois somos um... quatro pessoas que se tornam uma só. Rodrigo, Juliana, Giovanna e Igor/Malu. Uma família que será ainda mais feliz do que já é. Amo minha vida, amo as pessoas que me rodeiam, amo viver, amo demais minha mulher e filhos... como já disse no começo, o Amor é a única saída pros problemas do dia-dia.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Faça acontecer...

Quebre as regras, perdoe rapidamente, beije lentamente, ame verdadeiramente, rasgue a fantasia e aproveite a vida, ela passa rápido demais pra você só assistir a programação. Queira fazer parte do elenco e não ser um mero telespectador, porque quando você perceber a emissora da vida estará encerrando sua programação diária. Sorria a toa pra todos que passarem por você na rua, um sorriso sincero pode salvar um dia. Tenha um objetivo diário de fazer pelo menos uma pessoa sorrir, e sorria junto com ela calorosamente. Abrace e se deixe abraçar, é bom demais. Ande sem rumo, observando pessoas, analisando fachadas, pisando em cocô de cachorro, pegando uma corzinha durante o dia e olhando a lua á noite. Faça com que seu dia seja único, um após o outro, com diferenciais marcantes. Não desista, faça acontecer, torne sonhos em realidade, entre de cabeça nas disputas, troque o sapato por chinelos, o terno pela bermuda e camiseta, maquiagem pelo “rabo de cavalo” e acima de tudo, se valorize... porque nada disso vale, nada disso presta, nada disso serve, nada interessa, não há prazer em nada se não existir o amor próprio. Estufe o peito e encha-se de si, exalte o “eu posso”, “eu consigo”, “eu quero” e faça, faça mesmo... faça do básico a arte, o imoral se tornar desejável, o proibido virar moda... e depois de tudo isso grite ao som do transito, corra entre os carros (com muito cuidado), faça o que for preciso, mas mova-se. Não se culpe, não se chicoteie, não se julgue pelas palavras alheias, jamais se molde... seja o que sua personalidade determinar que você seja, sem influencias externas... abra o baú dos seus segredos e esconda historias e realizações, pois serão demasiadamente úteis no futuro, não se sinta pressionado por maior que seja a cobrança, atente-se ao que acontece ao seu redor, displicência é perigosa e prazerosa se bem dosada. Não se deixe cair na decadência alheia, o caminho mais fácil nem sempre é melhor que o da dor, portanto, se precisar sofrer e percorrer o caminho mais longo, arrie as calças e caminhe rumo aos seus desejos mais secretos e profundos, o resultado sem duvida será gratificante. Se dê uma chance de aprender com erros, mas que seja preferencialmente erros dos outros, que com certeza doerá bem menos... porém, existem aprendizados que terá que errar pra obter maior experiência e descobrir o quanto dói uma surra dada pela vida... não se arrependa do já fez nem do que fará, pra isso pense bem nas atitudes que irá tomar, isso é necessário pra não perder a chance de acertar mais uma vez.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Insegurança...

Este texto não era para ser postado hoje, eu tinha outro texto comemorativo prontinho esperando pra ser publicado nesta data tão especial, mas, ficará na gaveta por mais um mês. Por ironia ou pelo simples fato do destino nos pregar algumas peças, vamos ao que tem pra hoje.
Insegurança é algo tão mágico, tão espetacular que é preferível mantê-la a distancia. O chão do meu banheiro me disse agora á pouco que jamais viveria inseguro, e me fez pensar... porque eu que sou um ser humano vivo assim? Fatos acontecem diariamente que nos desafia a suportar situações, a abrir a guarda, a perder o medo, a conseguir fechar a porta na cara do vizinho chato, a dizer “não”, “chega”, “desisto”, ou até mesmo “aceito”, “quero”, ou um simples “FODA-SE”. A questão que aqui existe é algo inusitado, uma pergunta que já se sabe a resposta, um porque sem nexo, uma simples dúvida; qual o motivo da tal insegurança aparecer em momentos tão críticos das nossas vidas? A resposta é obvia... permitimos sua presença, sentamos em seu colo como uma criança amedrontada, nos mostrando fracos por não encarar a situação porque duvidamos da nossa própria capacidade. Inseguros são os que não se sentem capazes, que não correm atrás de respostas com receio de ouvir as verdades... insegurança é a dor que bate forte no peito quando se termina um relacionamento, quando se perde o emprego ou quando se ganha algo que se julgue além do que imaginou, e aí não usufrui de tal bem. Insegurança é se esconder atrás de nomes fictícios, de identidades “fakes” pra ser quem você não é.
A cabeça humana não suporta o novo, a mudança, o desconhecido, se torna demais pra um ser tão óbvio. Quero aprender a voar e encontrar a minha imaginação em suas viagens mais longas e realizar tudo aquilo que um dia foi pensamento. Promovera alegria eufórica e inusitada numa tarde de quinta-feira, deixar ser ouvida uma gargalhada de humor apurado e sarcástico, e conseguir buscar no mais alto sonho o preenchimento de um vazio inseguro... saber que aquilo que almejo virá impávido como Mohamed Ali, ah virá! Sentir a levada da realização mais segura que pode existir e achar que a velha e boa confiança pessoal foi devolvida a mim. Que o acorde triste em Lá menor seja substituído por um Ré maior e que a trilha sonora da vida fale de amor, esperança, bom humor, alegria... que a felicidade soe com a mesma agilidade de um pássaro a levantar vôo. Que a lua testemunhe cada brilho dos olhos que encontram um fio de esperança ao se ver no espelho... que a dor da alma seja trocada por um balsamo suave, ou por uma brisa da noite... que a febre se acalme e a temperatura volte ao seu estado normal... que o drama vire comédia.
Que dia é hoje? Vinte três de Abril, oito meses de mudanças, meses de aprendizado, de encarar a insegurança e pegá-la pelo colarinho, olhar pro que realmente me interessa; que meu futuro brilhe mais que meu sorriso, e que tudo aquilo que corre atrás de mim possa ter seu sossego logo logo, porque falta pouco pra minha vida se tornar completa. E a insegurança ainda insiste em rodear os portões da minha mente, acorrentar meus sonhos e desejos, mas a tal já foi avisada que é bem vinda, contanto que respeite três exigências.
1 – Só apareça quando for chamada
2 – Vão embora quando eu quiser
3 - Jamais mandará em mm, muito pelo contrário, eu terei sempre o comando da situação.
Não gostou? Problema seu! Pegue seus “trapos de bunda” e suma daqui, pois não empresto nem muito menos troco o controle da minha vida. É isso!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Primeiro

Não sou escritor e nem almejo tal título, só gosto de passar pro papel (e pro computador sequencialmente) minhas palavras, frases e pensamentos que insistem em se armazenar em minha mente de forma aleatória quanto a sentidos, assuntos, ou entendimentos, elas apenas existem na cabeça de um homem denominado Rodrigo Martins, mais conhecido como Digão. Um cara bacana que tem sentimentos como muitos, mas que se expressa através deste sentimento como poucos... não por ser melhor que ninguém, muito pelo contrário, o faz por algum motivo ainda desconhecido que sente que nesse momento precisar ordenar os tais pensamentos que estão causando um certo incomodo a ele.
Ligar o chuveiro quente, sentar no chão do banheiro, cruzar as pernas e deixar a água cair sobre sua cabeça, imaginando que aquele ato fará com que o seu incomodo seja lavado e levado pelo ralo, como uma água suja, escura e densa que limpa seu corpo, alma e espírito, mas pra seu espanto nem um pouco espantoso, a água que desce pelo ralo é tão branca e limpa quanto a que sai do chuveiro acima de sua cabeça.
Sua visão? Estrelas, dados, peixes e andorinhas, que são marcas que a vida deixou de herança de épocas que não serão facilmente esquecidas. Estas marcas, estes traços que são apenas “trilha sonora” da vida, de momentos, dores, desafetos, alegrias e orgulho... muito orgulho. Algo que se torna tão duro à realidade que existem horas que se torna difícil levantar do chão do banheiro para encarar o espelho, pois sabe que o olhar que o acusa, é o mesmo que esta sendo acusado. Que estranho, o banheiro que é amigo confidente de tantos momentos e lamentos... alguns poucos metros quadrados que se torna tão aconchegante, que tenho dúvida as vezes se não é do mesmo tamanho do meu corpo, somente 1,73 d altura por 98kg de largura. Penso também que poderia sim ser menor que do realmente é, pois os azulejos são brancos para o tornar visivelmente maior, conselho da irmã arquiteta, que deveria imprimi-lo maior aos olhos com o branco... e neste momento sei que meu próximo banheiro não será branco, pois não quero que meu espaço seja invadido enquanto ordeno meus pensamentos.
Cada traço no corpo não me trará alegrias diárias, pois se torna tão comum quanto o carro preto que passou por mim hoje ás “sei lá que horas do dia”, porque estava muito ocupado pra anotar e notar, mas, cada sorriso sem dente que vou receber me fará o homem mais realizado do mundo. Quero ser, filho(a), seu único e verdadeiro herói, o que corrige porque ama, o que ama incondicionalmente, assim como amo sua mãe... único, perfeito e completo... já sou uma vez sem ser, e agora serei pela primeira vez o que já sou. Quero poder representar o papel reflexivo do teu espelho, poder chamá-lo(a) de xerox como um dia fui chamado, e isto é algo que sempre me trouxe orgulho e espero que lhe traga também. A dor momentânea que fazem meus olhos embaçarem tem nome... saudade... daquele que me ensinou o que hei de ensinar meus filhos.
Sentado em frente a um papel e uma caneta sinto falta de um café e um cigarro, como nos filmes de Hollywood, mas não farei algo que jamais fiz até o momento pois o que virá será além do que espero. Quero apenas poder sentir o calor do sol e o quão molhados são os pingos da chuva. Dor? Não sei. Alegria? Talvez. Felicidade? Ah, isso sempre... mesmo que faça o coração apertar e o frio na barriga resolva aparecer.
Quero poder contar que tenho uma família, amigos, um Deus que zela por mim e pelos meus e um “eu”que tem medo do “eu mesmo” que existe dentro de mim... Não escrevo nada aqui pra ser bonito, feio, de fácil entendimento ou leitura, só absorvi um pouco do que estava na cabeça e joguei no papel pra tentar entender, isto já basta! É o poder olhar pra trás e ter escrito o registro de um pensamento único, é poder observar de alguma forma o que se passa dentro de mim. É lembrar de 15 anos atrás e não notar diferença nos traços do rosto... é lembrar de 20 anos atrás e não enxergar diferença no agir... mas é olhar no fundo dos olhos e notar que estes 10 minutos foram determinantes para que o branco dos olhos se tornem irreconhecíveis. É deixar o que é vão pra trás e pensar no que vem por aí, e que realmente mudará e muito os pensamentos vazios que ainda insistem em me perseguir.
Voltar a ser um valor nas mãos de quem realmente me valoriza, reaprender a sonhar um sonho bom, vindo de um terrível pesadelo e torná-lo real... realizar junto com a minha metade o que está mais do que vivo e real em nossos sonhos, pois um sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade... e é da minha realidade o que acabara de respeitar o que quero viver. A dor e o medo já passaram, saiu junto com a tinta da caneta que foi despejada neste papel que outrora estava em branco. A saudade insiste em ficar, mas eu desejo que ela fique, porque jamais sentirei um amor paterno terrestre como já senti um dia e esta saudade me motiva a ser tão bom quanto para os meus.
Amo minha mãe, amo meus irmãos, amo minha mulher, filha e meu bebê que está por vir. Amo a mim mesmo de uma forma totalmente minha, mas que eu mesmo me entendo e correspondo do meu jeito a mim mesmo.
Chega, levanto agora, fecho o chuveiro e me seco numa toalha verde. Pego um papel e uma caneta e começo a botar meus pensamentos em ordem...