quinta-feira, 13 de outubro de 2011

JÁ NÃO MAIS...

O escuro já não é mais tão denso como o sangue que escorre pelas minhas orelhas, nem o odor do seu perfume está mais inserido em minhas entranhas, apenas a sua maldita imagem faz questão de aparecer constantemente em meus sonhos. A sorte é que sempre estou do lado oposto ao seu e sempre me dou melhor que você, mesmo que seja só pelo fato de escolher o sabor do sorvete que irei tomar... A fumaça que invade meus olhos surgem de dentro de mim, num misto de fogueira e extintor, acabando com a minha visão e mostrando o quanto fraquejo nos meus atos. Mas o que fazer pra mudar isso? Nada. Absolutamente nada, porque não faz parte dos meus planos mudar nada do que aprendi ser. A chuva já não molha tanto como antes, agora os pingos são finos e delicados, como a flor que está presa em sua orelha quando você me olha nos meus sonhos. O amargo das palavras ainda é sentido em meus lábios, mas a dor, você faz questão de lembrar todos os dias. Desculpa se não sou aquilo que pairava em seus sonhos e te alegrava em imaginar existir, não fui eu quem te prometeu isso e se não sou capaz de te proporcionar isso, posso me alegrar em dizer que não te enganei. Todas as frases que ouvir foi como degraus para minha subida até aqui, e agora que estou no alto, quero chegar à beira desse precipício de ilusões e pular sem as asas da esperança pra poder me plainar nesse ar de insatisfação que seus olhos refletem. Ouvi uma frase que dizia que meu interior ficou mais leve e doce, e acho que isso é mentira, porque o amargo é mais fiel, e o leve não faz parte do meu ser, nem mesmo em minhas palavras. Meus sentimentos se confundem a cada dia com minhas loucuras e pensamentos, e acabo pensando no que virá depois, qual será o subtítulo da próxima pagina. Tenho medo de não poder escrever o que vem a seguir, e não poder compartilhar isso, mas tenho ainda mais medo e não viver tudo isso com uma imensa vontade de acertar. O erro é uma consequência, e a vontade de fazer o meu melhor não é mais a primeira opção. O erro me faz forte, e me faz seguro de que poso viver a vida intensamente sem ter o que temer... se errar, ué, qual o problema? Nunca disse que seria o melhor, muito menos que iria fazer sempre o correto, mesmo porque, as vezes prefiro o erro, por ser mais prazeroso. Cheiros me remetem a lembranças que quero esquecer, sons me enfraquecem ao ponto de não querer ouvir nem o som da chuva, e as lagrimas embaçam meus olhos ao ponto de não conseguir enxergar nada além do que realmente desejo. O tato? Esse já não me permite querer... Este deixo pra uma próxima vida, se é que ela realmente existe... eu acho que não...
Creio que este seja o ultimo post deste blog, porque tenho diversos motivos pra escrever, mas motivação zero pra postar. Não vou mais expor minhas idéias, muito menos a minha vida, porque preciso de paz interior e exterior, e nada mais justo do que aquietar meu espírito e deixar o rio da vida fluir a vontade e pelo curso que ele quiser fluir. Ficam aqui os arquivos, os textos antigos, dos mais absurdos aos mais sensatos que já postei, porque isso aqui vai virar um arquivo da minha vida. Talvez um dia, eu volte e mostre que o tempo foi generoso comigo, ou talvez eu mostre o quanto esta pausa afetou minha vida... não sei, o futuro é tão incerto quanto a saída do sol no dia seguinte... Só quero aprender mais e mais do que o meu dia-dia quer me ensinar e me desprender de tudo aquilo que me faz mal... Se escrever me faz mal? Não, não mesmo, mas o que escrevo, às vezes, machuca e faz doer, e não quero despertar dor em mim. Minha carne está frágil para esse tipo de dor, assim como a sua deve estar cansada de ler um texto sem sentido...
Sou grato por este espaço, mas sou ainda mais grato por poder escolher entre o que quero e o que desejo, entre o que faz bem e o que é necessário. Estou optando o que quero e o que faz bem, pois talvez o que quero e o que é necessário sejam ainda mais dolorosos. Obrigado por quem leu meus textos, obrigado por quem comentou, obrigado por quem ficará triste por não escrever mais, obrigado Deus, por me permitir escrever tudo isso.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O AMOR...

Ouvi uma musica um tempo atrás que dizia “se perguntarem o que é o amor pra mim, não sei responder, não sei explicar” e eu parei por alguns instantes pra poder analisar a frase, e percebi que ela não faz sentido se não tiver a segunda parte da estrofe. “mas sei que o amor nasceu dentro de mim, me fez renascer, me fez despertar”... Nunca havia ficado tanto tempo pensando sobre o amor, e esses dias passei uma madrugada inteira refletindo sobre ele. A expressão “eu te amo” foi banalizada de tal forma que amamos coisas que jamais daríamos tanta importância se levássemos essa palavrinha ao seu significado real. Amo pastel de queijo, amo jogar bola, amo andar de bicicleta, enfim... amar hoje em dia é sinônimo de gostar, achar legal e etc. Me custou uma madrugada inteira para eu conseguir entender o que o autor da canção descrita acima quis dizer com cada palavra colocada em sua letra, e vou dizer o quão difícil foi descobrir isso naquele momento. O amor desperta nos momentos de alegria, mas ele incomoda nos momentos difíceis e como incomoda... dia 28/09/2011 foi um dos mais difíceis dias da minha vida para analisar o amor, que poderia ter sido o melhor de todos. Meu filho Iggor completou um ano de vida, e eu não pude estar com ele durante muito tempo, não pude abraçá-lo ás 00:01hs., não pude realizar diversos sonhos que tinha em mente, pois ele estava no hospital. Sei que Deus o acompanhou naquele momento, o abraçou e beijou como Pai celestial que é, mas Deus me deu ele de presente, e eu queria fazer isso... Queria ter tido esta oportunidade, mas não o pude. Tive a nítida impressão de fracasso, de fragilidade, mas passar uma noite inteira pensando “o que é o amor”, entendi que o amor de Deus é tão maior por mim e pelo meu filho, que Ele quis que meu filho passasse seu primeiro aniversário na presença dEle, que é a melhor de todos os presentes que meu filhote poderia receber. Deus cuidou tão bem do meu filho que hoje ele está em casa, nos meus braços em todos os momentos em que quero abraçá-lo e beijá-lo. Aprendi que o amor não tem que ser demonstrado apenas em datas comemorativas, e que estas datas servem apenas para sabermos quanto tempo de amor tenho pelo meu filho... somente isso... desde então o trato como se hoje fosse o dia mais especial da minha vida, todos os dias comemoro como se fosse o ultimo. O amor? Eu sei o que significa, e consegui descobrir graças a um Deus que colocou na minha vida três pessoas mais que especiais. Juliana Dias para andar lado a lado comigo, pra ser amada, respeitada e honrada como minha esposa. Giovanna Dias, filha de coração e de trejeitos, que me fez aprender a ser pai muito antes do que imaginei, que retribui todo amor, carinho e dedicação que tenho por ela, e por último, porém, tão importante quanto os outros, Iggor Dias, motivo de me fazer ver a vida de forma diferente, abrir horizontes, lutar com mais garra, aprender a viver o novo e amar... amar de uma forma incondicional que nunca na vida havia experimentado... um amor puro, único e dedicado. Dia 28/10 foi aniversário do meu pequeno Iggor e queria agradecer a Deus por tudo que Ele tem feito em minha vida e na vida da minha família, pelo amor, bênçãos e cuidados, porque os cuidados que Ele tem tido conosco é enorme e graças e Ele estamos bem e unidos. Sou o pai mais feliz do mundo, o marido mais realizado e um homem completo, e com certeza posso dizer hoje que sei o que é o amor, e tudo que ele traz de bom.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

VERDADES...

Às vezes paro e fico pensando na minha vida, tentando descobrir coisas além do meu entendimento, e acabo não descobrindo nada. Outrora, percebo que muito do que minha curiosidade tenta descobrir já está na minha cara, exposto como o sol numa manhã de verão, e só eu não vejo. De uns tempos pra cá, tenho vivido algumas situações difíceis, outras dolorosas, complicadas, e outras com tudo isso junto, mas o que acabo realmente não enxergando são as coisas boas que acontecem, são as realizações na minha vida, as importâncias que alguns atos tem, e são nesses momentos que sinto o calor do sol, mesmo as vezes sem vê-lo. Tenho diversas pessoas especiais na minha vida, pessoas que lutam por mim, que fazem a diferença na minha vida. Tenho uma família que amo, mesmo com seus defeitos (porque todos têm), minha mãe, uma mulher de fibra, especial, maravilhosa e que sempre me deu e me dá estrutura. Um irmão, que por mais que tenha se afastado um pouco depois da minha mudança residencial, é meu melhor amigo, que amo incondicionalmente. Uma irmã, que por mais que esteja beeeem longe, se faz presente na minha vida sempre, em todos os momentos, do melhor ao pior, que amo incondicionalmente (também). Tenho meus filhos, uma criança linda que Deus me deu prontinha, que amo como nunca achei que fosse amar na minha vida e que me retribui esse amor, a Giovanna foi o melhor presente que ganhei na vida, digo isso sem sombra de dúvidas. Tenho meu filho Iggor, que é fruto do meu amor, que é a minha vida, meu ar, meu anjo, meu tudo, a pessoa que me dá vida. E tenho uma pessoa mais que especial a qual quero detalhar algumas coisas. Essa pessoa que está sempre ao meu lado, que luta junto, que chora junto, que ri das minhas piadas ruins (as vezes), que me abraça quando preciso, que enxuga minhas lágrimas antes delas caírem. Compreensão, cumplicidade, atitude, disposição, perseverança, companheirismo, guerreira, amante, super mãe, super esposa, minha metade. Juliana Dias, mesmo com todas as nossas “pequenas” desavenças, o meu sentimento por ela aumenta a cada dia, e sinto que sou feliz simplesmente por tê-la. A responsável por ter me dado meus amores (filhos), por me dar o sorriso diário, a vontade de viver, de vencer, de chegar mais longe... não sei como seria minha vida sem ela, sem seus carinhos, sem seu toque, seu corpo, sem sua atenção... sei que diversas vezes acabo não sendo tudo que quero ser, que sou chato demais, mas o que mais quero nessa vida louca é fazê-la feliz, simplesmente isso. Feliz eu já sou, realizado também e mais que isso, sou uma pessoa amada. Sei que é meio estranho escrever esse tipo de texto, mas preciso externar esse sentimento que existe dentro de mim, porque diversas vezes não me intimido em falar as angustias e as depressões momentâneas, quando elas afloram, mas preciso dizer isso sem medo de errar, Juliana Dias você é a mulher da minha vida, te amo de verdade!!. Agradecer seria pouco, por isso vou fazer por onde minhas atitudes agradeçam.
“E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor, e a outra metade também”

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

APRENDI...

Aprendi com a vida que nada do que você realmente deseja irá acontecer da forma que você sonha
Aprendi com a vida, que finais felizes de verdade são os de novelas e filmes românticos
Aprendi com a vida que a realidade é cruel e fria, e pode ser ainda pior a cada segundo
Aprendi com a vida que as pessoas são más, e que são poucos os que te amam de verdade
Aprendi com a vida que amores vem e vão, e o que fica são as saudades
Aprendi com a vida que o pior aprendizado é o que te faz bem, você nunca aprende de verdade
Aprendi com a vida que posso ser duas ou três pessoas ao mesmo tempo, mas que um dia isso acaba
Aprendi com a vida que conselhos são bons, quando vem de pessoas que querem o seu bem
Aprendi com a vida que confiar nas pessoas, geralmente não dá muito certo
Aprendi com a vida que o maior carinho de todos é a sinceridade
Aprendi com a vida que existe amor sincero, e que ele vem dos filhos
Aprendi com a vida que nada pode te impedir de fazer as coisas, a não ser você mesmo
Aprendi com a vida que intrigas fazem parte da vida
Aprendi com a vida que o ódio é um sentimento mais forte que o amor
Aprendi com a vida que as mentiras geram momentos felizes (momentos)
Aprendi com a vida que nada do que você fizer irá encobrir uma traição
Aprendi com a vida que pai e mãe deveriam durar pra sempre, mas não duram
Aprendi com a vida que só nos damos conta dos erros, quando cansamos de errar
Aprendi com a vida que tudo na vida passa, principalmente oportunidades
Aprendi com a vida que nada muda, sem que haja primeiro mudança em você
Aprendi com a vida que o seu saldo bancário não te faz uma pessoa melhor
Aprendi com a vida que as pessoas preferem ouvir mentiras á verdades
Aprendi com a vida que sua aparência é determinante pro seu rol de amigos, mas sua sinceridade não
Aprendi com a vida que existe um Deus, e que Ele vê suas atitudes diárias
Aprendi com a vida que a esperança é algo lindo e desesperador
Aprendi com a vida que sua hombridade é posta em duvida todos os dias
Aprendi com a vida que amigo não é dinheiro no bolso, isso se chama riqueza
Aprendi com a vida que o silêncio é a arma mais forte pra quem esta descrente
Aprendi com a vida que a saudade é o sentimento que mais dói
Aprendi com a vida que os filhos são tudo de mais importante pro seu humano
Aprendi com a vida que sorrisos falsos agradam quem os recebe
Aprendi com a vida que a morte está sempre próxima de você, basta você vacilar
Aprendi com a vida que nem tudo acontece na hora certa
Aprendi com a vida que a perda não é o fim
Aprendi com a vida que juntar dinheiro é um dom que poucos possuem
Aprendi com a vida que as marcas do corpo são as escritas da vida
Aprendi com a vida que o desespero chega sempre nos piores momentos
Aprendi com a vida que o caráter de qualquer pessoa é questionável
Aprendi com a vida que o dinheiro compra tudo... tudo mesmo
Aprendi com a vida que um pacote de arroz sempre irá comprar um voto
Aprendi com a vida que as instituições religiosas definham a cada dia
Aprendi com a vida que olhar a vida de forma positiva já não é tão fácil
Aprendi com a vida que a realidade é mais dura e cruel do que eu poderia imaginar
Aprendi com a vida que prestando atenção, você aprende alguma coisa
Aprendi com a vida que tenho muito que aprender...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

LAGRIMAS E PEDRAS, PEDRAS E LAGRIMAS

Lagrimas rolam em meu rosto como pedregulhos rolam de uma montanha, deixando marcas duras na minha pele como a pedra deixa no solo árido e seco. Meu sorriso é como o sol que alegra as manhãs, ilumina e aquece, apodrece a carniça e faz o ma cheiro subir, mas na minha vida não tem existido muitos sorrisos, apenas expressões sérias, noites escuras e cheias de neblinas e uivos. Meus olhos, negros e sempre cerrados, tentam encontrar algum ponto de luz, que traga esperança e vontade de lutar e vencer, mas não a encontra, vê apenas a escuridão com seus monstros e mitos, que acabam amedrontando os minutos seqüentes chamados por muitos de futuro. O gosto de sangue na boca deixa o clima ainda mais amargo, e não adianta cuspir, porque o gosto fica, e fica e fica... não abandona aquele que já não quer mais sentir o fel entre os lábios. O doce já se foi, a ternura passou, o desejo findou-se, mas o que restou está aceso e gritando a plenos pulmões um grito desesperador de amargura. O ócio de ficar sentado em frente ao escuro entedia, e as mãos começam a suar por não terem porque de existir, estão paradas, imóveis, sem utilidades, se não apenas limpar as pedras em forma de lagrimas que caem do meu rosto. O coração bate forte, é a única coisa que até o momento está como antes, a batida forte do coração, mas o cansaço dele está visível, e a qualquer momento ele pode desistir de mover-se pra frente e pra traz num ritmo regrado, por estar cansado de ser machucado, ferido e mal tratado. O nariz respira um cheiro adocicado, mas bem de longe, porque a proximidade não é algo que se faça presente, e o cheiro é sentido de tempos em tempos, quando a brisa do vento sopra e vem em minha direção. O toque, não sei definir o que é, já foi esquecido por ter sido deixado de lado... não sei nem definir isso. O conjunto disso tudo, me faz desistir da esperança, não consegue mirar uma mudança, não consegue obter resultados, e a força para tentar tudo isso não mais é esboçada, não existe reação, porque não adianta, esse é o pensamento final. As juras se perdem após dez segundos de terem sido feitas, e as verdades tem tempo de validade precoce. A vida existe, o amor também existe, os sorrisos, risadas, alegria, felicidade, esperança, tudo isso existe, guardado a sete chaves dentro de um peito que tudo suporta, mas que não abre suas portas pra libertar esse monte de sentimentos que guarda como um guardião de um rei. Ele prefere liberar o choro, e consequentemente, as lagrimas... que rolam em meu rosto como pedregulhos rolam de uma montanha, deixam marcas duras na minha pele como a pedra deixa no solo árido e seco machucando cada dia mais, e mais, e mais...
O Passado não reflete o futuro, não tem jeito, e o que virá será sempre diferente do que você imagina. As falhas, as palavras, as atitudes que são tomadas de forma impensada, vão refletir pra mudar o curso desse futuro tão sonhado e desejado, mas não vão influenciar positivamente, só vão atrapalhar... quando se imagina a dor do fim, não é necessário sofrer as mazelas do caminho e sofrer até que o desejado fim chegue, é menos doloroso interromper o processo e curtir o que restou de bom, se é que algo foi bom ao ponto de ser lembrado.
O peso de cada lágrima demonstra o peso da existência, e o custo de cada sorriso faz o orgulho se esconder, com uma verginha impar e um silencio inigualável. Estou pronto, agora é só esperar que tudo faça sentido e que o acordar sem um sorriso único me faça ter a coragem de ir. Dói muito, mas a dor é companheiro daquele que não pode viver sem ela, e nosso convívio é amigável, e isso a faz uma companheira inseparável. Enxugue as lagrimas, erga a cabeça e toque em frente, porque com dor ou sem dor, feliz ou não, com ou sem lágrimas, a vida segue, e tenho que vivê-la intensamente, como sempre vivi...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SEM RELEITURA...

Acabei de escrever esse texto e estou publicando. geralmente escrevo os textos, guardo por uma ou duas semanas sem ler, e depois leio, corrijo algumas palavras e concordâncias e pronto. a essência fica a da primeira escrita, mas não permito muitos erros... alguns acabam sendo postados e ficam porque nãocostumo reler depois que posto, podem influenciar o proximo. esse aqui pode conter erros diversos, porque não o guardei, não o reli, e não irei corrigir possiveis erros ortograficos, mas segue assim mesmo, afinal isso aqui é meu pra mim, como dito na apresentação do blog.

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Quando somos pequenos, aprendemos com nossos pais o que devemos fazer, como devemos nos portar, a ser educados, a respeitar as pessoas, e graças a Deus, minha mãe soube me educar muito bem (méritos totais a ela). Quando crescemos, automaticamente aprendemos o que alguns chamam de “malandragem da vida”. Você toma uma meia dúzia de porradas, quebra a cara uma dezena de vezes, confia em quem não deve, empresta a quem não devolve e fica atento a algumas ciladas que futuramente podem se repetir, e passa a ver a vida com olhos disciplinados e ligeiros ás mazelas que o mundo pode oferecer.
Seria lindo se o parágrafo acima fosse à plena realidade, mas não é. O ser humano tem uma necessidade de se achar mais esperto que o outro, de ser melhor, de se beneficiar de situações. Querer se dar bem sempre é algo que vem inserido em nosso DNA, e não adianta discordar disso, porque você estará tentando se achar melhor que o autor do texto. Fico pensando como nos damos ao luxo de sermos enganados, de achar que o mundo muda e que a gente só evolui, o espertão... essas coisas de evolução humana me fazem rir, porque noto algumas pessoas que fazem o processo inverso a evolução e se trancam em seus mundos achando que aquilo é ser o melhor. Acreditar nas pessoas faz de você um idiota em potencial, porém, não acreditar faz você não creditar-se ser alguém melhor. Tudo que vem acontecendo ao meu redor ultimamente tem me feito pensar e analisar atitudes, frases, e juras... em especial, as juras. Aquelas promessas de “esse ano será meu ano”, “segunda-feira começo meu regime”, etc...etc...etc... isso em enoja quando vejo que tudo é mentira, e a cada segunda-feira o prato em minha frente se torna ainda maior, o meu ano que seria maravilhoso, se torna o mais martirizante de todos os meus 30 ultimos anos já vividos. Quanta bobagem não é? O importante mesmo é que adquiri amigos, que ganho tapinhas nas costas a todo o momento, que as pessoas fazem suas falcatruas e eu nem percebo, que as mentiras soam aos meus ouvidos como musica, e eu passivo (apenas na atitude), não consigo me mexer pra mudar isso, acho que as vezes não quero. Lutar contra meus fantasmas me faz mal, perder uma briga com quem nem vejo, faz com que eu me sinta uma criança que a mamãe tem que ensinar como escovar os dentes... e as vezes é exatamente assim que me sinto, e muitas vezes tenho certeza disso. Contar historias, ler livros e ser um filho da puta com alguém soa tão parecido que não se vê reações diferentes no olhar. As expressões no rosto são as mesmas e receber isso acaba com parte do que você acha que ainda existe de verdadeiro. A dor é grande, o ódio de si é ainda maior, e saber que aquilo é uma situação que não irá mudar, faz você desacreditar da vida a todo o instante. Não entendo, mas quero um dia entender porque as pequenas dores internas ardem e queimam mais que as grandes feridas. A muitos anos atrás ouvi de uma grande amiga algo que me fez entender o sentido da vida (ou parte dele)... é estranho trazer isso pra algumas situações do dia-dia, mas nos conflitos mais agudos, penso sempre nisso e agradeço a “tia Lú” por ter me falado essa grande besteira real um dia. “O que mata o ser humano são as pequenas feridas. Quando você tem uma ferida de grande proporção, você trata, se utiliza de remédios, curativos e afins, mas quando você tem pequenas feridas, elas não são tratadas e ficam na pele (ou na alma) sem nenhuma atenção. A cada pequena ferida não tratada, faz com que a sua pele (alma) seja infestada cada vez mais e mais e mais... quando você perceber a importância das pequenas feridas, você verá que não tem mais como tratá-la, porque ela virou uma ferida enorme ao se juntar com as pequenas feridas vizinhas e não terá mais cura, virará um câncer que consumirá sua pele (alma) e você não mais terá como tratar”. Tudo na vida pode virar um câncer, basta você deixar com que aquilo cresça, te domine, e não tenha cura. O corpo tem remédios próprios para amenizar a dor, a alma não se permite esses artifícios, ela fica ardendo e queimando como um fogo sem fim. Quero apenas poder achar que aprendi tudo aquilo que meus pais me ensinaram e tentar viver sem ser enganado por mim, e reavaliar as pequenas feridas na minha pele e alma, pra que não vire uma doença sem cura. Infestar-se de alegria e não olhar para os lados com medo de compartilhar com o outro, é o mesmo que usar branco num velório e sorrir da face dos que choram, ou ir a uma festa de criança de luto e chorar aos gritos de felicidade do aniversariante quando ganha o presente que sempre pediu aos céus.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

MINHA DOR...

A cada dia que passa tento me definir, me entender, me encontrar, mas tá difícil. Hoje me vejo de forma diferente ao olhar de uns anos atrás, me sinto um velho as vezes, com pensamentos e costumes muito ultrapassados que eu mesmo não consigo entender de onde vêm. Estou buscando respostas pra diversas perguntas que faço pra mim e não consigo nem começar a pensar nela, porque não tenho noção do que se trata. A cada dia está mais difícil e um tsunami de duvidas parece surgir em minha frente a cada dia quando abro meus olhos ao som de um chorinho fino e amável. Olhar no fundo dos olhos do meu filho e ver um futuro incerto é difícil, mas é confortante saber que o amor incondicional que sinto por ele está intacto, está acima de qualquer outro amor existente nesse mundo. Saber o quanto isso é importante só eu consigo saber, mas dá pra se ter uma base do tamanho desse amor. Meu sangue, meu fruto, minha vida. As palavras me saem como a chuva mais forte das tardes quentes de janeiro em São Paulo, e alaga todos os espaços de um papel em branco com uma tinta azul de uma caneta qualquer. Mil coisas passam em minha cabeça, enquanto diversas pessoas ao meu redor falam de diversos assuntos diferentes, mas que eu não consigo prestar atenção em mais nada além de despejar esse monte de coisas no papel. A dor no peito só aumenta, e os momentos singelos já se foram... somente ficaram as lembranças, as vontades, os pensamentos, e o que ainda irei viver antes que tudo acabe. Dói muito escrever isso, e dói no fundo do peito, no centro de um coração que só pensa em viver direcionado a 3 pessoas. Não sei o que está acontecendo, e nem sei onde irei chegar com esse discurso, mas sei que estou caminhando a passos largos pra um abismo que não conheço e não sei o que tem lá embaixo. Tá foda, isso eu sei que tá, mas a cada dia tento viver com intensidade, mas não consigo, o desanimo está inserido em mim, o fracasso parece eminente e não sei onde está a porta de saída dessa sala escura e sofrida. O aperto é evidente, e a saudade do começo é ainda mais forte a cada momento. Desculpa, mas não sou forte o suficiente pra ficar segurando tudo isso sozinho, então descarrego o que passa na cabeça pra poder aliviar a tensão e direcionar pra mim mesmo a explosão de sentimentos que está guardada aqui dentro. Não quero o fim, mas a cada dia que passa ele parece mais perto, ele parece mais presente e isso me entristece, mas o sorriso tem que existir, porque as pessoas ao redor não têm culpa de eu não conseguir. Tentei, juro que tentei, mas cheguei a um ponto em que não vejo alternativas pra poder lutar. Preciso de ar pra poder respirar fundo e voltar a lutar, mas minhas armas não são mais uteis pro tipo de luta que estou passando, luta psicológica. O amor existe, a vontade de estar perto também, a imagem que tenho de você é a mesma e não quero perder isso nunca, mesmo que eu tenha que tê-la apenas em minhas lembranças, não quero perder. O que acho mais duro nisso tudo é saber que te ver e não ter você é algo impossível de acontecer, e não sei se vou conseguir viver assim. Como eu mesmo ouvi de você, eu que estou com a mão no gatilho, e "sei" qual a melhor hora de atirar, você apenas está em minha frente...
Foda... bem foda.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

SERÁ QUE ISSO É O SUFICIENTE?

O silêncio é o grito mais agressivo de quem sofre, é o pedido de socorro do desesperado, é o ar do asmático, a cadeira de rodas para o paraplégico, o sangue que faz o coração bombear e bater fortemente dentro de um peito amargurado, cheio de incertezas e receios. O doce já não é tão doce como antes, já se tornou um pouco amargo... o sal tem que ser despejado de forma mais intensa pra poder sentir sua presença, e as frases, essas vem como socos ou bombas e destila seu poder de destruição através de expressões. Identifique o esconderijo do seu caráter e o traga a tona, e fale em alto e bom som aquela frase que não foi dita ontem por puro pudor, grite-a hoje como um tiro de fuzil na cara de quem merece ouvi-la, acertando o alvo em cheio, esteja ele onde estiver. Vomitar as angustias é nada mais do que ser sincero e transparente... sincero consigo, por não deixar que as amarguras tenham o poder de escurecer seu coração, e transparente ao ponto de poder ler nos seus olhos os seus medos de infância. Cuspa sangue se for necessário, mas não prenda nada dentro de si, não deixa que a sua boca se transforme em um sepulcro cheio de verdades mortas, e que as mentiras mortas ganhem vida por conta de medo e insegurança. Isso não é suficiente pra você ser feliz?... Será que isso é o suficiente?

Seria mais ou menos como...
Ter uma compota, mas não ter uma colher
Ter o automóvel, mas não ter o combustível
Ter a casa, mas não as chaves
Ter a noite, mas não ter a brisa
Ter o mar, mas não ter as ondas
Ter a presença, mas não ter o toque
Ter o orgulho, mas não ter de quem se orgulhar
Ter perto, mas ao mesmo tempo longe
Ter a visão, mas viver na escuridão
Ter a coragem, mas não a ousadia
Ter a vida, mas não vivê-la
Ter os sonhos, mas não acordar para realizá-los
Ter pessoas, mas ser só
Ter dúvida, mas não tirá-las
Ter tempo, mas viver com pressa
Ter visão, mas ver só o que quer
Ter um amor, e não amá-lo
Ter carinho, mas não ser correspondido
Ter uma vida, mas viver a do outro
Ter tudo, mas optar por não ter nada
Ter a paz, mas viver em turbulência
Ter o ouro, mas viver na pobreza
Ter graça, mas não ter limites
Ter bom senso, mas não coerência
Ter dó, mas não de si
Ter fome, mas não degustar o alimento
Ter humildade, mas não abrir mão da vaidade
Ter pena, mas só de si
Ter planos, mas não colocá-lo em prática
Ter sede, mas só de vingança
Ter vida, mas viver em morte
Ter oportunidades, mas não alimentar a alma
Ter ânimo, mas guarda no fundo do baú
Ter Deus, mas viver se “endeusando”
Ter vontades, mas não aproveitar o momento
Ter a o sono, mas não dormir
Ter intrigas, mas não desvendá-las
Ter preguiça, mas não descansar
Ter curiosidades, mas morrer curioso
Ter companhia, mas ser só
Ter o cigarro, mas não o fogo
Ter a chance, mas só dar valor depois que passa
Ter um amor, mas só percebe depois que perde...

Será que isso é realmente suficiente?
Será que no fim, você vai olhar pra trás e poder dizer, “fiz o meu melhor?”
Será que é realmente isso que você quer pra você?
Será?
Será?
Será?
São tantos “serás” que não temos tempo de pesar o quanto temos e o quando decidimos não ter, o quanto somos e não aproveitamos, o quanto fazemos e fazemos errado... apenas vivendo anestesiados com os nossos “mas... mas... mas...”. Não sei o que seria do ser humano se não existisse a desculpa...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dúvidas?? Pode ser sim!!!

O vício que mata, que esconde, que envergonha, que tange o rosto e te faz cair aos prantos... a angustia piora os sentimentos e faz o covarde se achar ainda pior e mais desprezível, como se pudesse o ser. Ele não passa de uma espécie ignorada e esquecida, como uma teia de aranha pendurada no teto da casa que se torna mais importante que o ser humano, aos que se julgam melhores e superiores. Mas quem realmente está certo? O que enxerga suas fraquezas ou o que as ignora e coloca uma roupa da marca X por cima pra se tornar alguém? E quando a cabeça encosta no travesseiro e tudo que o dia o forneceu voltam à tona pra ser analisado... qual sentimento envolve cada um ao declarar ou esconder suas escolhas? vale a pena?
Por isso reforço todos os dias que não gosto de viver no raso, não curto o pouco, quero sempre mais e mais... quero ir além do que se imagina, do mais alto ao fundo do poço e me resgatar pra mostrar pra mim mesmo e pros meus medos e receios que sou mais forte do que eu mesmo imagino... quero me resgatar e ir além de sonhos, dos limites... além do medo. Que o outro eu que existe dentro em mim me resgate quando as minhas forças acabarem e me volte à vida e a realidade, mas sem medo de tentar de novo, e de novo, e de novo... infinitamente...
Cansado eu estou, mas não tanto ao ponto de desistir de ultrapassar montanhas, de desbravar desertos e de sair à procura de mais rugas em volta dos meus olhos, e se possível for, de marcas no meu corpo que me lembre cada momento único que passei até chegar aqui. A dor é psicológica e o medo é apenas a fumaça de um cigarro que faz o tempo passar ou da fogueira que aqueceu as noites frias e sombrias do meu pensamento. Chegar ao fim assim sem mais nem menos? Desistir de tudo que você conquistou há tão pouco tempo e deixar que faces te intimidem? Jamais! Eu quero é ser feliz, ao menos uma vez... e deixar que as minhas opiniões sejam mais importantes do que os discursos cheios de hipocrisias que ouço saindo da sua boca suja e insatisfeita. Pra mim, chega... não da pessoa, mas chega de ser você, chega de ser sombra de um espelho de formas diferentes que regra meus dias obscuros e gelados... gelados da sua presença e sombrios dos meus olhos marejados ao ver seu rosto pela manhã, que me desencoraja a todo momento que seus olhos fitam os meus. Não sinto ódio, mas o amor se esconde quando você chega, tanto quanto uma criança ao ver seu pai bravo por ela ter quebrado seu quadro predileto. Basta! Pra mim basta! E pra você também, porque você sou eu e eu não me incomodo de ter que ser eu novamente pra poder viver sem você, caso seja preciso. Me acorde quando chegar na próxima estação porque preciso descer e voltar de onde comecei, preciso reviver o que nunca vivi em vida, mais vivo todos os dias em pensamentos, em delírios que jamais foram bancados por uma mente tão inescrupulosa como a sua. Quer saber quem sou eu? Acho pouco provável... vivo dentro de você te convencendo que sou parte do seu caráter, e que somos apenas um, mas na realidade você me odeia e ao mesmo tempo não vive sem mim... risos saem dos seus lábios achando que você é capaz de controlar tudo e todos, mas não... nós não passamos de uma imagem distorcida que só irá se tornar completa quando estiver juntas. Não vejo graça nisso, esse sorriso é puro sarcasmo, e deboche de um humor negro, uma gota de tinta branca num mar de sangue quente e viscoso... só isso? Tenho certeza que você não achou pouco e se identificou com tudo que está descrito acima... não tente sorrir, seus dentes cairão se a gargalhada for maior do pouco de escrúpulo que beira a insanidade na sua vida. Acalme-se, não falo diretamente contigo, mas comigo mesmo que me encontro interferindo no seu jeito de pensar e de agir... plante o seu humor num xaxim de vaidades e regue com água da fonte mais pura que existe, a do seu coração. Sei que você tem uma parte em você que vale a pena, mesmo porque se não tivesse, qual seria o motivo desse texto???

quinta-feira, 19 de maio de 2011

POÇO... rs

O susto é o mesmo de ontem e a prece é a mesma de sempre, aquela decorada insistentemente ao som de sinos e gritos de horror... Não, não são gritos de horror, são suspiros de uma alma vazia que almeja se libertar de correntes imaginárias que aprisionam o tédio. É o medo de ser feliz e expor quem realmente você é que faz você se esconder em personagens, frases e afins... não sei se o seu caráter se faz digno de sair pelas ruas encarando pessoas e duvidando dos seus universos... nada melhor do que tomar conta da sua vidinha medíocre e diminuir sua postura baixa e fétida. Aproveitando a deixa, pense em fazer algo melhor pra si, porque tais atitudes mancham ainda mais o pedaço de carne que você é, exposto em um açougue qualquer de bairro pobre, sujo e inescrupuloso. Claro, você se julga sempre melhor que todos, então, faz com que a sua dignidade se torne pelo menos algo existente, e ignore os gritos internos de sufoco, esconde essa personalidade inútil pros poucos amigos que ainda lhe resta e destile seu veneno a eles, pois os que como você o tem como amigo, devem adorar degustar do resto de inutilidades e desprazer que é o seu interior.
Acho que consegui chegar ao ponto máximo da descoberta de quem se esconde nesse corpo de formas meramente agradáveis aos olhos de quem quer perder o pouco de dignidade que ainda existe. Depois do assassinato da sua alma, aproveite o cheiro de morte fresca e enterre seu orgulho com o pouco que sobrou de amor próprio, depois jogue uma pá de ódio e humor em cima pra poder odiar o sorriso que se esconde por trás dos seus lábios. Quer uma receita boa pra acompanhar o seu espetáculo? Uma taça de ira com uma pitada de sarcasmo e uns bolinhos de ternura pra tornar o momento mais doce e singelo. Palmas, você conseguiu chegar onde realmente quer, no fundo do poço e esse fundo não tem limo ou restos mortais, tem apenas humor, simplicidade, humildade, e diversas outras coisas que não existem no mundinho medíocre que você vive... talvez assim você consiga aprender um pouco daquilo que jamais ouviu se quer falar. Risos são os únicos sons que saem da minha boca nesse momento, e um ar seco das minhas narinas que respiram ofegante ao saber tudo que esta descrito acima é o seu começo, meio e fim. Muito obrigado por me proporcionar tamanho prazer, eu sabia que podia contar contigo pra mudar meu humor de péssimo pra ruim num dia como o de hoje.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

MAIS DO MESMO...

Fechar os olhos e enxergar tudo aquilo que passa dentro de si... ver a cor da alma e os sentimentos que se acumulam dentro de você mesmo. Não é uma tarefa fácil, mas é preciso às vezes pra se auto-avaliar e tentar ver seus erros e acertos, o que deve continuar e o que deve ser morto naquele exato momento. Se apegar a sentimentos? Só se forem prazerosos ao ponto de gerar amor e ódio ao mesmo tempo, se for uma vingança doce, mas cuidado, nem sempre as vinganças fazem corações mais alegres... Às vezes a vingança traz a infelicidade do desprezo, do nojo, do sujo, do mau... acho que é hora de acordar, lavar o rosto com as águas puras da verdade e colocar na mesa do café da manhã pratos limpos, tão limpos que reflitam a imagem do seu rosto ao olhar o quanto as verdades são necessárias... sem a vergonha de falar e ser ouvido, sem a timidez de esconder palavras e escolher frases feitas... sem o medo de machucar, magoar, denegrir,de perder... é olhar ao redor e ver como dói saber que tudo que é sonho vira realidade através de um simples “não”, ou um “sim”, como queira. É entender que a vida só vale a pena se for vivida minuto a minuto, passo após passo, no ritmo gritante e ao mesmo tempo calado do coração. Caso queira, pode usar um espelho antes pra avaliar seus traços, suas rugas, seus “pés de galinha”, não vai adiantar perguntar a cada um qual historia tem pra contar, porque talvez não queira lembrar das dores que com certeza serão maiores que as risadas... um ato ruim marca muito mais do que um mês de felicidade plena, abre feridas que anos não conseguem curar, deixam cicatrizes que machucam só de olhar... a cada minuto que passa percebo cicatrizes pelo meu interior que não são fáceis de serem lembradas, que abrem novas feridas e que causam a mesma dor de quando foram feitas só de serem olhadas... como palavras que acertam o coração antes mesmo de entrarem pelos ouvidos, como atitudes que ferem sem ao menos olhar nos teus olhos... talvez um café amargo me ajude a tirar esse gosto ruim de angustia que se acumula entre meus lábios, e que me faz odiar o ódio e amar o amor (as vezes). Mais uma vez os sentimentos se afloram e se expõem diante de um papel e uma caneta e dispara palavras de agonia e desespero, de ganância e reflexão... não entendo bem o resultado de tudo isso, só sei que o alivio começa a tomar conta de parte das feridas e cicatrizes e por um momento as esconde como se fossem maquiadas, mas não podem haver lágrimas, porque tiraria a maquiagem e as feridas e cicatrizes voltariam a aparecer e trazer de volta aquilo que não deve ser lembrado, e muito menos esquecido... faz parte de mim, do jogo, da historia, da vida... eu?? Sigo e continuo olhando pra dentro e tentando encontrar algo que ainda não conheço, ou que já perdi a tempo suficiente de não conseguir lembrar exatamente o que é. Um dia hei de encontrar... assim espero (será?).