quarta-feira, 11 de maio de 2011

MAIS DO MESMO...

Fechar os olhos e enxergar tudo aquilo que passa dentro de si... ver a cor da alma e os sentimentos que se acumulam dentro de você mesmo. Não é uma tarefa fácil, mas é preciso às vezes pra se auto-avaliar e tentar ver seus erros e acertos, o que deve continuar e o que deve ser morto naquele exato momento. Se apegar a sentimentos? Só se forem prazerosos ao ponto de gerar amor e ódio ao mesmo tempo, se for uma vingança doce, mas cuidado, nem sempre as vinganças fazem corações mais alegres... Às vezes a vingança traz a infelicidade do desprezo, do nojo, do sujo, do mau... acho que é hora de acordar, lavar o rosto com as águas puras da verdade e colocar na mesa do café da manhã pratos limpos, tão limpos que reflitam a imagem do seu rosto ao olhar o quanto as verdades são necessárias... sem a vergonha de falar e ser ouvido, sem a timidez de esconder palavras e escolher frases feitas... sem o medo de machucar, magoar, denegrir,de perder... é olhar ao redor e ver como dói saber que tudo que é sonho vira realidade através de um simples “não”, ou um “sim”, como queira. É entender que a vida só vale a pena se for vivida minuto a minuto, passo após passo, no ritmo gritante e ao mesmo tempo calado do coração. Caso queira, pode usar um espelho antes pra avaliar seus traços, suas rugas, seus “pés de galinha”, não vai adiantar perguntar a cada um qual historia tem pra contar, porque talvez não queira lembrar das dores que com certeza serão maiores que as risadas... um ato ruim marca muito mais do que um mês de felicidade plena, abre feridas que anos não conseguem curar, deixam cicatrizes que machucam só de olhar... a cada minuto que passa percebo cicatrizes pelo meu interior que não são fáceis de serem lembradas, que abrem novas feridas e que causam a mesma dor de quando foram feitas só de serem olhadas... como palavras que acertam o coração antes mesmo de entrarem pelos ouvidos, como atitudes que ferem sem ao menos olhar nos teus olhos... talvez um café amargo me ajude a tirar esse gosto ruim de angustia que se acumula entre meus lábios, e que me faz odiar o ódio e amar o amor (as vezes). Mais uma vez os sentimentos se afloram e se expõem diante de um papel e uma caneta e dispara palavras de agonia e desespero, de ganância e reflexão... não entendo bem o resultado de tudo isso, só sei que o alivio começa a tomar conta de parte das feridas e cicatrizes e por um momento as esconde como se fossem maquiadas, mas não podem haver lágrimas, porque tiraria a maquiagem e as feridas e cicatrizes voltariam a aparecer e trazer de volta aquilo que não deve ser lembrado, e muito menos esquecido... faz parte de mim, do jogo, da historia, da vida... eu?? Sigo e continuo olhando pra dentro e tentando encontrar algo que ainda não conheço, ou que já perdi a tempo suficiente de não conseguir lembrar exatamente o que é. Um dia hei de encontrar... assim espero (será?).

2 comentários:

  1. Entrei dentro do seu depoimento, chorei, sofri junto contigo, mas saiba que tudo um dia vai valer a pena, "É preciso valorizar os pequenos milagres da vida, para que os grandes, qdo acontecerem, sejam reconhecidos" bjos

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