quarta-feira, 10 de agosto de 2011

MINHA DOR...

A cada dia que passa tento me definir, me entender, me encontrar, mas tá difícil. Hoje me vejo de forma diferente ao olhar de uns anos atrás, me sinto um velho as vezes, com pensamentos e costumes muito ultrapassados que eu mesmo não consigo entender de onde vêm. Estou buscando respostas pra diversas perguntas que faço pra mim e não consigo nem começar a pensar nela, porque não tenho noção do que se trata. A cada dia está mais difícil e um tsunami de duvidas parece surgir em minha frente a cada dia quando abro meus olhos ao som de um chorinho fino e amável. Olhar no fundo dos olhos do meu filho e ver um futuro incerto é difícil, mas é confortante saber que o amor incondicional que sinto por ele está intacto, está acima de qualquer outro amor existente nesse mundo. Saber o quanto isso é importante só eu consigo saber, mas dá pra se ter uma base do tamanho desse amor. Meu sangue, meu fruto, minha vida. As palavras me saem como a chuva mais forte das tardes quentes de janeiro em São Paulo, e alaga todos os espaços de um papel em branco com uma tinta azul de uma caneta qualquer. Mil coisas passam em minha cabeça, enquanto diversas pessoas ao meu redor falam de diversos assuntos diferentes, mas que eu não consigo prestar atenção em mais nada além de despejar esse monte de coisas no papel. A dor no peito só aumenta, e os momentos singelos já se foram... somente ficaram as lembranças, as vontades, os pensamentos, e o que ainda irei viver antes que tudo acabe. Dói muito escrever isso, e dói no fundo do peito, no centro de um coração que só pensa em viver direcionado a 3 pessoas. Não sei o que está acontecendo, e nem sei onde irei chegar com esse discurso, mas sei que estou caminhando a passos largos pra um abismo que não conheço e não sei o que tem lá embaixo. Tá foda, isso eu sei que tá, mas a cada dia tento viver com intensidade, mas não consigo, o desanimo está inserido em mim, o fracasso parece eminente e não sei onde está a porta de saída dessa sala escura e sofrida. O aperto é evidente, e a saudade do começo é ainda mais forte a cada momento. Desculpa, mas não sou forte o suficiente pra ficar segurando tudo isso sozinho, então descarrego o que passa na cabeça pra poder aliviar a tensão e direcionar pra mim mesmo a explosão de sentimentos que está guardada aqui dentro. Não quero o fim, mas a cada dia que passa ele parece mais perto, ele parece mais presente e isso me entristece, mas o sorriso tem que existir, porque as pessoas ao redor não têm culpa de eu não conseguir. Tentei, juro que tentei, mas cheguei a um ponto em que não vejo alternativas pra poder lutar. Preciso de ar pra poder respirar fundo e voltar a lutar, mas minhas armas não são mais uteis pro tipo de luta que estou passando, luta psicológica. O amor existe, a vontade de estar perto também, a imagem que tenho de você é a mesma e não quero perder isso nunca, mesmo que eu tenha que tê-la apenas em minhas lembranças, não quero perder. O que acho mais duro nisso tudo é saber que te ver e não ter você é algo impossível de acontecer, e não sei se vou conseguir viver assim. Como eu mesmo ouvi de você, eu que estou com a mão no gatilho, e "sei" qual a melhor hora de atirar, você apenas está em minha frente...
Foda... bem foda.

2 comentários:

  1. Redefinir-se. Um verbo que me acompanha diariamente. Dificil. Mas a gente tenta, nao tem saida mesmo.
    Bjs

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  2. Oi Ro, Só Deus pode nos ajudar qndo tudo se torna difícil demais de suportar, ou qndo achamos que estamos no fundo do poço e não tem mais jeito prá gente, vc e conhecedor da palavra, volte ao primeiro amor, vc sabe que não pode fugir de Deus.
    (Isso serve prá mim tbm)

    bj no core

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