sexta-feira, 19 de abril de 2013

TRAZER A TONA

Tem algumas coisas que nos acontecem que viram uma incógnita em nossas cabeças. Sempre que precisamos sabemos que temos pessoas ao nosso redor que podemos contar, um irmão, um amigo, um familiar, um objeto que insistimos em descarregar problemas como se ele estivesse entendendo, etc... Mas diversas vezes não nos atentamos a alguns detalhes que não damos a mínima atenção. O resmungo nunca será tão perfeito se você o contar a alguém... ele só tem efeito quando é feito de você pra você, pois só você sabe o que realmente quer ouvir como resposta naquele momento. Xingar não é tão prazeroso se não for gritado em alto e bom som pra quem realmente merece ouvir... contar pro amigo que gostaria de xingar “tal” pessoa nunca é cem por cento prazeroso. Contar segredos não será desafiador se não for pra pessoa que você confia, mas sabe que ela pode contar pra outra, e pra outra e pra outra, se não for assim, não tem graça, ah! E tem que vir acompanhada de um “não comente/conta pra ninguém ok?!?!”. Com isto, só posso dizer que o desprender tem que estar presente no nosso dia-dia, que a confiança não mora ao lado, nem dentro da sua casa, e sim no vizinho da rua “de trás”... que o medo do novo é tão cruel e sensível quanto a raiz do pé de alface... que o suportável pode ser mais confortável que o confiável. Que reaprender a amizade é mais prazeroso que um amigo novo, que as trocas se tornam mais eficientes do que as deficiências da alma, que um sorriso aquieta o espirito e nos renova diariamente. Que imaginar o inimaginável é o combustível pra continuar insistindo num desejo recolhido e sem esperança... Saber onde e quando se pode achar o que se procura, e ter nesse achado uma nova esperança do dia. Já não mais existe a angustia, porque foi superada a tempos, mas que a tal ameaça se finda hoje, depois da noticia real de liberdade. Só quero agradecer ao tempo, que me ensinou a ser paciente e entender que ele pode sarar as feridas que outrora ardiam... que só o tempo faz as verdades virem a tona e nos confortam diante dos dias sequentes... que a justiça será demonstrada num outdoor visto pelos olhos, coração e alma, e que quem com ferro fere, terá uma marca de dor vitalícia. Sigo sem medo, sem ódio, sem raízes presas a mim... sigo de cabeça erguida com o rosto limpo e mãos adestradas pela guerra... sigo com um olhar aliviado, mas marcado pelos duelos traçados e com passos firmes vou continuar na minha caminhada, levando sempre uma espada na bainha, um escudo postado e uma enorme vontade de não entrar numa briga, mas entregando minha vida pra finalizar a guerra que me inserem.

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